SNME11: fundo imobiliário projeta maior capacidade de investimentos com incorporação

SNME11: fundo imobiliário projeta maior capacidade de investimentos com incorporação
SNME11 projeta maior capacidade de investimentos - Foto: iStock

A Suno Asset está propondo a fusão entre dois de seus fundos imobiliários, com a incorporação do SNFF11, fundo de fundos (FOF), pelo SNME11, fundo imobiliário multiestratégia. Com mandato mais abrangente e regulamento mais moderno, o FII unificado terá um valor patrimonial aproximado de R$ 398,8 milhões e com bom potencial para crescimento, segundo o time de gestão.

André Capela, analista de investimentos da Suno Asset, explica que esse porte permitirá ao SNME11 realizar operações mais rentáveis do que em seu tamanho atual, de cerca de R$ 70 milhões. “O SNME11 tem um escopo amplo de investimentos, com CRIs, cotas de FIIs e ações de empresas do segmento imobiliário. Essa carteira poderia ser muito maior, mas está limitada ao atual tamanho do FII”, explica o analista.

Segundo ele, há determinados investimentos estratégicos em que o fundo precisaria de um caixa mais amplo para conseguir participar. “Na semana passada, visitamos um terreno avaliado em cerca de R$ 20 milhões. Seria um investimento de quase um terço do fundo, com uma concentração muito alta, e isso pode prejudicar a relação de risco e retorno para o cotista”, explica o especialista.

Caso o FII tivesse um patrimônio próximo dos R$ 400 milhões, esse investimento representaria cerca de 5%, o que permitiria a possibilidade de investir sem abrir mão da diversificação que marca os trabalhos de gestão da Suno Asset.

Vitor Duarte, CIO da Suno Asset, destaca que, no mercado de capitais, ao contrário do ditado popular, tamanho pode ser documento. “Quem é líder no setor, quem é referência, muitas vezes recebe primeiro as oportunidades, e o pequeno vai pegar só as sobras”.

Fundo imobiliário SNFF11: como votar na AGE 

O primeiro passo para a unificação dos dois fundos é a aprovação pela assembleia geral extraordinária (AGE) do SNFF11, que foi convocada na semana passada e ficará aberta de forma remota até 29 de outubro. Para votar, os cotistas devem acessar o link que foi enviado por e-mail a seu endereço mais atualizado no Portal do Investidor da B3. 

O cotista terá que dar seu aval para que o SNFF11 entregue todos os seus ativos em troca das cotas de uma nova emissão do SNME11, que será convocada após o fim da votação. Como esse tipo de votação exige quórum qualificado, é preciso que representantes de pelo menos 25% das cotas votem. “É importante que o cotista se posicione e manifeste sua opinião”, explica Vitor Duarte, CIO da Suno Asset.

Segundo o executivo, no passo seguinte será convocada uma nova AGE, agora para os cotistas do SNME11, que terão de aprovar a realização da emissão e também alterações no regulamento que tornarão a gestão mais ágil. 

Após a conclusão da emissão, o SNFF11 terá sua negociação suspensa no mercado secundário, a partir de uma determinada data-base, e essa posição decidirá a proporção de cotas do SNME11 que serão entregues aos investidores do SNFF11. Depois, o fundo será liquidado, com a entrega de eventuais recursos em dinheiro aos cotistas, também de forma proporcional, após o pagamento de todos os custos.

Na simulação realizada pela Suno Asset, de forma meramente ilustrativa, cada cota do SNFF11 pode render cerca de 8 cotas do fundo imobiliário SNME11, além de frações que serão reagrupadas e leiloadas, com indenização financeira proporcional.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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