SNAG11 supera máxima puxado por valorização da soja no mercado global
O SNAG11, Fiagro da Suno Asset com foco no financiamento do agronegócio, registrou sua máxima histórica ajustada por dividendos na manhã desta terça-feira (28). Entre outros fatores, o resultado é puxado pela valorização da soja no mercado global.

A commodity chegou a ser negociada próxima de US$ 1.100 a tonelada nesta terça, máxima dos últimos 12 meses, na bolsa de futuros de Chicago, em meio à possível retomada de compras da soja norte-americana pela China. Em setembro, o gigante asiático não fez aquisições da semente nos EUA, em meio às discussões comerciais entre os dois países, optando por compras de Brasil e Argentina.
Esse aumento se juntou às projeções de safra recorde e também de recorde de exportações da soja brasileira até o fim do ano, em dados anunciados durante o mês de outubro pelo IBGE e pela Conab.

O aumento se segue também à divulgação do relatório gerencial do SNAG11, que registrou em setembro receitas de R$ 8,193 milhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 488,77 mil. No mês passado, o fundo distribuiu R$ 7,288 milhões em dividendos, correspondentes a R$ 0,12 por cota, o que representa um dividend yield (DY) de 16,18% ao ano.
Segundo a gestão, esse valor foi mantido como referência para os próximos meses, consolidando-se como o novo patamar de distribuição de dividendos do SNAG11. A decisão leva em conta o aumento recente da taxa Selic e a existência de boas reservas, que geram certa estabilidade para sustentar o mesmo nível de rendimentos no curto e médio prazo.

SNAG11 traz atualizações sobre a safra de soja
A carteira do Fiagro SNAG11 permaneceu integralmente adimplente em setembro, sem ocorrência de atrasos ou riscos relevantes identificados, em linha com a qualidade dos ativos de crédito que compõem o portfólio do fundo.
Na carta de gestão, a equipe também trouxe um panorama detalhado sobre o início do plantio da nova safra de soja e os efeitos do clima sobre as operações financiadas.vO documento ressalta que, mesmo com a possibilidade de ocorrência do fenômeno La Niña, as condições meteorológicas seguem favoráveis à agricultura nacional. As chuvas têm se consolidado nas regiões centrais do país, apoiando o avanço da semeadura.
De acordo com o primeiro levantamento da Conab, a produção brasileira de grãos e fibras pode alcançar um novo recorde de 354,7 milhões de toneladas na safra 2025/26, o que representa um crescimento de 0,8% frente ao ciclo anterior.
Esse aumento, segundo dados reproduzidos pela Suno Asset, deve ser impulsionado pela expansão de 3,3% na área plantada, que somará 84,4 milhões de hectares. A soja, principal cultura do país, tende a ocupar 49,1 milhões de hectares, alta de 3,6% sobre a safra passada.
O início das chuvas em setembro favoreceu a antecipação do plantio nas regiões do Centro-Sul. Até 11 de outubro, cerca de 11,1% da área nacional já havia sido semeada, percentual inferior à média histórica de 16,9%, mas superior ao observado no mesmo período de 2024 (9,1%).
Paraná e Mato Grosso lideram o avanço, com 31% e 18,9% das áreas cultivadas, respectivamente. A expectativa do SNAG11 é de que o ritmo de plantio acelere com a regularização do regime de chuvas no Centro-Oeste e no Matopiba, criando condições ideais para o desenvolvimento das lavouras e sustentando as projeções otimistas de produtividade.
O SNAG11 foi estruturado como um dos primeiros Fiagros híbridos do mercado, visando combinar segurança e retorno em uma carteira diversificada e gerida de forma ativa. Ele tem um desempenho histórico superior ao seu benchmark, que é de IPCA + 7%, e também um dos menores custos operacionais do setor.