Inflação é um termo que está presente no dia a dia de qualquer pessoa, mas será que você realmente sabe tudo sobre a inflação? Descubra tudo o que você precisa saber sobre os principais índices de inflação.
O que é Inflação?
Primeiramente, antes de entender sobre índices de inflação, é necessário saber o que de fato é a Inflação. Em resumo, é o índice que apresenta o aumento geral de preços de bens e serviços.
Sendo assim, esse índice não diz respeito ao aumento de apenas um bem ou serviço específico, e sim a uma média da maioria dos produtos e serviços consumidos ao longo de determinado período.
Destaca-se que o conjunto de bens e serviços incluídos nessa lista é chamado de cesta de produtos. Porém, cada índice de inflação leva em consideração a sua própria cesta de produtos para o cálculo inflacionário.
Sendo assim, cada índice de inflação terá uma variação diferente mês a mês. Além disso, cada um possui um foco diferente, permitindo realizar análises distintas, como análise geral dos preços da economia e análises setoriais, por exemplo.
No Brasil, não há um índice oficial para inflação de períodos passados. A inflação é medida por meio de diversos índices, divulgados por várias instituições, tais como:
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
- Fundação Getúlio Vargas (FGV)
- Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE)
É importante salientar que os índices não contabilizam somente a variação absoluta dos preços de cada item, mas a relevância que cada um possui no consumo da população a ser considerada.
Sendo assim, o cálculo da inflação é feito de forma ponderada com relação ao peso que cada item possui no orçamento das famílias. Além disso, a cesta de produtos analisadas pode ser alterada, dependendo das mudanças de hábito no consumo da população.
Agora que você já sabe o que é inflação, vamos analisar quais são os principais índices de inflação no Brasil.
Quais são os principais índices de inflação no Brasil?
- IPC (Índice de Preços ao Consumidor)
– Instituto responsável: FGV – Fundação Getúlio Vargas
– O que é medido: aumento de preços no varejo para famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários-mínimos
– Características: os dados utilizados são referentes a sete capitais
– Instituto responsável: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
– O que é medido: variação de preços no varejo para famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários-mínimos
– Características: utiliza dados de 11 capitais
- INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)
– Instituto responsável: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
– O que é medido: variação de preços no varejo de itens consumidos por famílias com renda mensal entre 1 e 5 salários-mínimos
– Características: medido nas 11 principais regiões metropolitanas do Brasil
- IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo)
– Instituto responsável: FGV – Fundação Getúlio Vargas
– O que é medido: variação de preços de produtos industriais e agrícolas dos atacadistas ao varejo
– Características: calculado para três intervalos diferentes (M, DI e 10)
- INCC (Índice Nacional de Preços da Construção Civil)
– Instituto responsável: FGV – Fundação Getúlio Vargas
– O que é medido: a variação de preços na construção civil como, por exemplo, mão de obra, materiais de construção e serviços
– Características: usado no financiamento direto das construtoras
- IGP (Índice Geral de Preços)
– Instituto responsável: FGV – Fundação Getúlio Vargas
– O que é medido: variação de preços através de uma média ponderada de três índices: INCC (10%), IPA (60%) e IPC (30%)
– Características: muito usado em contratos de longo prazo como, por exemplo, reajuste de aluguéis
- IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)
– Instituto responsável: Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP
– O que é medido: habitação, alimentação, transportes, despesas pessoais, saúde, vestuário e educação
– Características: dados referentes à cidade de São Paulo. Verifica o custo de vida das famílias com ganhos mensais de 1 a 20 salários-mínimos
– Instituto responsável: FGV – Fundação Getúlio Vargas
– O que é medido: formado por 60% do IPA, 30% do IPC e 10% do INCC. Mede as mudanças de preços de matérias-primas agrícolas e industriais no atacado e de bens e serviços finais no consumo
– Características: pesquisado entre os dias 21 de um mês e 20 do mês seguinte. Calculado para três intervalos diferentes (M, DI e 10)
Como à inflação afeta os Fundos Imobiliários?
Quando se fala de inflação e fundos imobiliários, uma pergunta que sempre surge é se os FIIs conseguem proteger o investidor contra a inflação. A resposta, em tese, é sim!
Há uma série de variáveis que justificam o fato de os fundos imobiliários serem ativos que protegem o investidor da inflação. Vamos dos principais deles abaixo.
Reajuste dos contratos de aluguel
Os contratos de aluguel dos fundos imobiliários, geralmente, possuem cláusulas de correção monetárias indexadas a índices de inflação, como o IPCA e o IGP-M. Sendo assim, em casos de aumento da inflação, o investidor teria sua renda aumentada na mesma proporção.
Reajuste do valor dos imóveis
Além dos próprios contratos de aluguel, o valor dos imóveis, de modo geral, tende a acompanhar o movimento de aumento dos preços.
Isto acontece, pois a principal forma de avaliação deste tipo de ativo também leva em consideração os ajustes nos aluguéis ao longo do tempo.
Além disso, diversas avaliações de imóveis levam em consideração o custo de reposição, ou seja, o valor que seria gasto na construção daquele imóvel baseado nos preços atuais.
Portanto, caso haja um aumento nos preços dos materiais necessários à construção do imóvel, o valor desses imóveis seguirá o mesmo caminho.
Por que analisar os índices de inflação?
Entender sobre os índices de inflação é essencial para que o investidor não deixe seu dinheiro parado e acabe “perdendo dinheiro para a inflação”. Os fundos imobiliários podem ser uma boa alternativa para evitar que isso aconteça.