Você conhece (investe) em FIIs de papéis? (Parte 2)

Você conhece (investe) em FIIs de papéis? (Parte 2)

Dando continuidade ao texto publicado na última segunda-feira (13), através do qual apresentamos a definição de um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), juntamente com um exemplo de três passos de como surge um CRI lastreado em financiamento imobiliário, hoje a ideia é desenvolver o racional por detrás de um fundo imobiliário de papel.

Antes de começar, contudo, é preciso destacar que é possível investir diretamente em um CRI.

Entretanto, alguns CRIs apresentam um alto valor de aquisição ou, ainda, são destinados a investidores qualificados.

Além disso, a análise de um CRI pode não ser tão simples de ser feita por parte de um investidor comum pessoa física.

Por fim, ainda, existe também a questão da baixa liquidez desses papéis, o que torna ainda mais desafiador para a pessoa física investir nesse tipo de ativo.

Diante disso, portanto, é possível concluir que é muito melhor e mais viável investir nesses papéis através dos fundos imobiliários.

Assim sendo, destacamos abaixo algumas vantagens de se investir em fundos de papel:

1- Facilidade para acessar o mercado de CRIs, dado que, através dos FIIs, tem-se mais liquidez e diversificação. Além disso, a análise é profissional, haja vista que é terceirizada para um gestor especialista em análise de crédito.

2. Diversificação.

 

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Acima é possível visualizar uma imagem que foi tirada do último relatório gerencial do HGCR11, através da qual é possível perceber a alta diversificação da carteira de CRIs do FII, além também dos variados setores dos ativos garantias desses CRIs.

3. Fundos imobiliários de papel entregam uma proteção mais “imediata” da inflação para o investidor, haja vista que um CRI remunera juros mais uma correção monetária, conforme é possível constatar abaixo, ainda em relação à carteira do FII HGCR11:

4. Fundos imobiliários de papel não sofrem com vacância e, além disso, se mostraram bastante resilientes durante a última crise. Adicionalmente, puderam cumprir um papel importante na manutenção da distribuição geral de rendimentos de um investidor que se preocupa com a diversificação da sua carteira de fundos imobiliários, pois ajudaram a amenizar o efeito da redução nos dividendos que vários fundos de tijolo apresentaram.

Conclusão

Pode-se perceber, diante do que foi exposto nos textos, que os FIIs de papel proporcionam uma grande “praticidade” para aqueles que se interessam por ativos de renda fixa atrelados ao mercado imobiliário.

Não bastasse, o seu caráter de diversificação ajuda a manter o equilíbrio de uma carteira de investimentos, contribuindo bastante para o desenvolvimento de uma previdência saudável e ponderada no longo prazo.

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    foto: Rafael Campagnaro
    Rafael Campagnaro

    Engenheiro mecânico por formação, estuda e investe no mercado de capitais desde 2016. Entusiasta do Value Investing, trabalha com produção de conteúdo informativo e educacional para o mercado financeiro desde que iniciou no universo das finanças. Acredita que o mercado de capitais é uma das alavancas que contribuem para o desenvolvimento da humanidade.

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