ARRI11: fundo imobiliário paga dividendos de 17,59% ao ano; veja resultado do mês


O fundo imobiliário ARRI11 apresentou em seu último relatório gerencial um resultado líquido de R$ 1,066 milhão em setembro, após registrar um resultado bruto de R$ 1,355 milhão e contabilizar despesas de R$ 289,3 mil no período.

Os cotistas do ARRI11 receberam novamente R$ 0,09 por cota em dividendos, valor que se mantém estável há 13 meses consecutivos. O valor corresponde a um dividend yield (DY) mensal de 1,36% ao mês, ou 17,59% ao ano.
A carteira do fundo imobiliário ARRI11 permaneceu estável durante o mês, com fluxo regular de pagamentos dos CRIs e manutenção da qualidade de crédito dos emissores.
No mesmo período, o IFIX teve valorização de 3,25%, enquanto as cotas do ARRI11 recuaram 0,30%, sendo negociadas a 78,33% do valor patrimonial.
O ARRI11 tem como estratégia combinar ganhos de capital e geração de renda recorrente por meio de duas frentes principais.
A primeira dela inclui investimentos em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) classificados como High Yield, enquanto a outra é de alocações táticas em outros fundos imobiliários que ofereçam potencial de valorização ou rendimento adicional.
A composição da carteira do FII ARRI11 inclui 21 ativos distribuídos em oito estados e cinco setores, com perfil de crédito predominantemente High Yield.
A taxa média das operações indexadas ao IPCA é de 11,49%, enquanto as atreladas ao CDI registram média de 5,02%.
Em termos de alocação, 79,1% do patrimônio líquido está concentrado em créditos imobiliários, 18,4% em fundos de investimento e 2,5% em caixa.
Entre os segmentos, a exposição maior está em incorporação (36%), seguida de loteamento (27%), corporativo (16,4%), logístico (10,7%) e hotelaria (10%).
Perspectivas de mercado da gestão do ARRI11
De acordo com o relatório do fundo ARRI11, o cenário político e econômico observado em setembro adiou as expectativas de redução da taxa básica de juros, inicialmente prevista para o fim de 2025.
A postergação foi atribuída à indefinição sobre o financiamento de programas sociais e à falta de consenso sobre o aumento da tributação em determinados setores, fatores que empurraram a projeção da primeira queda da Selic para o início de 2026.
Mesmo com esse adiamento, a gestora do ARRI11 mantém a visão de que os fundos imobiliários de recebíveis continuam oferecendo oportunidades relevantes, uma vez que seguem negociados com desconto em relação ao valor patrimonial.
A expectativa da gestão do ARRI11 é de que essa diferença se reduza gradualmente à medida que o ciclo de cortes na taxa de juros comece.