BARI11 explica os atrasos nos pagamentos de CRIs e tranquiliza cotistas
A gestão do FII Barigui Rendimentos Imobiliários (BARI11), detalhou em seu Relatório Gerencial divulgado na segunda-feira (22), a performance do fundo no mês de outubro. Além disso, a gestora Barigui Gestão explicou que, mesmo com créditos em atraso, o fundo continua com suas receitas intactas.
O fundo distribuiu R$ 1,15/cota referente ao mês de outubro, acumulando a distribuição de R$ 15,52/cota nos últimos 12 meses e R$ 12,44/cota apenas no ano de 2021. Confira abaixo:
A gestora reforçou que a distribuição representa um retorno de 15,01% em 12 meses e 12,03% no ano de 2021, e em relação ao valor de IPO do BARI11, 15,52% em 12 meses e 12,44% no ano.
Em relação aos investimentos do fundo, foi adquirido o CRI Minas Brisa pelo valor de R$ 8,5 milhões. O referido CRI tem taxa de IPCA+ 7,5% e prazo de 5 anos.
A gestão explicou que apesar do BARI11 já estar com mais de 95% do seu Patrimônio Líquido alocado, ainda há a expectativa para o próximo mês de aquisição de CRIs corporativos no mercado primário que detenham boas garantias, além de risco retorno positivo.
Veja abaixo o perfil do portfólio do fundo:
Créditos pulverizados em atraso
Em comparação a setembro, o mês de outubro apresentou acréscimo de dois casos, totalizando 61 contratos com parcelas acima de 60 dias em atraso.
Deste total, a gestora disse que 11 casos estão em execução de coobrigação e tal movimentação deverá se refletir na quitação destes contratos nos próximos meses.
Além dos já citados, outros 17 casos já possuem acordos firmados para a retomada dos pagamentos e 18 estão em renegociação.
No total, acima de 180 dias, 26 contratos permanecem em atraso, sendo que cinco já estão em renegociação, oito estão em execução de coobrigação e outros doze em execução da garantia.
O BARI11 deixou claro que a representatividade dos contratos acima de 180 dias em atraso ainda é baixa, o equivalente 4,8% dos créditos pulverizados.
Mesmo assim, o atraso dos créditos não representa problemas nos pagamentos dos CRIs, por conta de mecanismos de segurança.
Como funciona o mecanismo de segurança dos CRIs?
Antes de explicar esse mecanismo, a gestora lembrou que desde o início da pandemia foi instaurado o protocolo para a concessão de renegociações a mutuários que mais sofreram impactos financeiros e que tiveram sua capacidade de pagamento diminuída.
Foi criada a prerrogativa de renegociação das parcelas em atraso e a vencer a partir do decreto de estado de emergência.
Além disso, os CRIs pulverizados possuem mecanismos de segurança que protegem o Fundo dos atrasos dos créditos imobiliários.
Na estruturação dos CRIs há a constituição de uma reserva de caixa para suprir potenciais atrasos que venham a surgir em seu lastro ao longo dos anos.
Os mecanismos de segurança permitem aos clientes em atraso o tempo necessário para regularizar a situação de pagamento, como também protege o fundo de um potencial “default”.
Os valores de venda dos imóveis serão destinados para pagar o saldo devedor destes créditos, gerando saldo no valor da dívida.
Conheça o BARI11
O FII Barigui Rendimentos Imobiliários tem por objetivo a valorização e rentabilidade de suas cotas, por meio de investimentos em ativos imobiliários, principalmente os CRIs e aplicações financeiras.
Seu patrimônio líquido é de R$472 milhões e o fundo possui 4.634.191 de cotas emitidas.
Para quem deseja investir no BARI11, o valor patrimonial de sua cota é de R$102,14, sendo sua taxa de administração de 1,305% sobre o patrimônio líquido do fundo.