GARE11, GGRC11, IBBP11 e NUIF11 são destaques do Bom Dia FIIs (14/10)


Os fundos imobiliários GARE11, GGRC11 e IBBP11 e o FI-Infra NUIF11 estão entre os destaques desta terça-feira (14), décimo dia útil do mês, dia em que o mercado aposta na distribuição de dividendos para reverter a tendência de queda do IFIX.

O índice de FIIs fechou nesta segunda-feira (13) em 3.569,96 pontos. O recuo foi de 0,21% em relação ao resultado da última sexta-feira (10). O IFIX começou o dia em alta e registrou a máxima do dia em menos de meia hora de pregão, mas a tendência se inverteu rapidamente para o patamar negativo, com pelo menos três momentos de recuo ao longo do dia e fechamento perto da mínima.
Durante o dia, mais de uma centena de FIIs pagarão seus dividendos, entre eles o MXRF11, dono da maior base de cotistas do mercado brasileiro, com mais de 1,3 milhão de investidores, responsável pela distribuição de mais de R$ 43 milhões. A expectativa é que parte desse dinheiro retorne ao mercado e, assim, traga nova movimentação positiva à sessão.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
GGRC11 mira R$ 2 bilhões em patrimônio e amplia portfólio com novas aquisições
O fundo imobiliário GGRC11 está prestes a alcançar duas marcas simbólicas: 200 mil cotistas e R$ 2 bilhões em patrimônio líquido. O número de investidores cresceu 3,2% em setembro, totalizando 196,6 mil pessoas físicas, consolidando o fundo entre os mais procurados do setor.
Com o fechamento da 10ª emissão de cotas previsto para outubro, o GGRC11 deve ingressar no grupo dos maiores fundos de tijolo da bolsa e reforçar sua presença entre os principais veículos logísticos do país. A primeira fase da captação arrecadou R$ 213,6 milhões, e a segunda, aberta até 20 de outubro, deve ampliar o volume total de recursos.
Segundo o time de gestão da Zagros Capital, o momento marca uma nova etapa para o fundo, que executou em setembro três movimentações estratégicas para reforçar seu portfólio. A principal foi a aquisição do condomínio logístico Green House, localizado em Indaiatuba (SP), com 20 mil metros quadrados de área locável, por R$ 43 milhões.
O fundo também concluiu a compra da participação do Bluemacaw Logística (BLMG11) no Triple A FII e adquiriu um terreno em Cabreúva (SP), área considerada chave para o desenvolvimento de novos projetos.
NUIF11 registra melhor desempenho da história e paga maiores dividendos
O fundo de infraestrutura (FI-Infra) NUIF11 registrou em setembro uma das performances mais expressivas desde sua criação. O retorno no mês foi de 2,4%, superando em 1,9 ponto percentual o índice de referência IMA-B, que avançou 0,5%. No acumulado do ano, a cota patrimonial do fundo já rendeu 14,8%, equivalente a IMA-B + 4,9%.
O mês foi marcado pelo aumento na negociação de debêntures incentivadas no mercado secundário, movimento que resultou em fechamento de spreads e forte valorização dos ativos isentos, com muitos papéis sendo negociados abaixo das taxas das NTN-Bs de referência.
Segundo a Nu Asset, gestora do FI-Infra, o retorno proveniente de trading e fechamento de spreads contribuiu com 2% de impacto positivo na performance do mês — o maior já registrado na história do fundo.
O resultado permitiu ao NUIF11 a maior distribuição de dividendos de sua história: R$ 1,35 por cota, com pagamento nesta terça-feira (14). O valor equivale a um dividend yield anualizado de 18,4% sobre a cota de mercado de 30 de setembro — o que representa 136% do CDI após ajuste pelo “gross-up” do Imposto de Renda.
IBBP11 mantém 100% de ocupação e prepara reajuste de aluguéis para elevar receita
O fundo imobiliário IBBP11 manteve 100% de ocupação e adimplência em setembro e iniciou tratativas para reajuste contratual junto aos inquilinos. A medida busca refletir a valorização dos ativos e ampliar gradualmente a receita de aluguéis, reforçando a solidez operacional do portfólio.
O fundo registrou em setembro com resultado líquido de R$ 3,09 milhões, mantendo a solidez operacional de seu portfólio. A gestão da inVista anunciou a distribuição de R$ 0,08 por cota sênior e R$ 0,071 por cota ordinária, com pagamentos previstos para esta terça-feira (14) e quarta-feira (15), respectivamente.
Os dividendos mantêm o mesmo patamar de rendimentos do mês anterior, em linha com o cronograma das obras em andamento e com o planejamento financeiro do fundo. Durante o mês, o IBBP11 também comunicou o lançamento de sua 4ª emissão de cotas, no montante de R$ 125 milhões. O objetivo é financiar novos projetos de galpões industriais de alto padrão, voltados a locatários de nível internacional e com contratos acima da média de mercado.
GARE11 explica como pretende reduzir alavancagem e gerar lucro de R$ 156 milhões
O fundo imobiliário GARE11 destacou, em seu relatório gerencial mais recente, a operação de venda de 10 imóveis do segmento de renda urbana para o XP Renda Urbana (XPRI), fundo gerido pela XP Asset. A transação, considerada estratégica pela Guardian, gestora do FII, deve gerar um lucro bruto estimado em R$ 156 milhões e reduzir a alavancagem do fundo em aproximadamente R$ 357 milhões.
O impacto positivo no valor patrimonial do GARE11 é projetado entre R$ 60 milhões e R$ 80 milhões, o que representa um acréscimo de R$ 0,42 a R$ 0,50 por cota, considerando o número atual de cotas do fundo. De acordo com o relatório, a venda permitirá a amortização antecipada de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) lastreados nos contratos de aluguel dos imóveis negociados, reforçando a estrutura de capital do fundo.
A operação foi estruturada de forma a preservar a estabilidade dos rendimentos, com pagamento parcelado entre 24 e 60 meses, evitando volatilidade na cota do GARE11. A escritura de compra e venda já foi assinada, restando apenas etapas documentais para a conclusão definitiva.
Paralelamente, o GARE11 avançou com sua 7ª emissão de cotas, lançada em julho, com captação-alvo de R$ 400 milhões. Entre os próximos movimentos, destaca-se a aquisição de dois imóveis locados à rede Desco Atacado, do Grupo Imec, uma das maiores varejistas do Rio Grande do Sul. A operação, de R$ 32,3 milhões, adicionou 12 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) ao portfólio, a um cap rate de 10,2%, acima da média recente do mercado.