GGRC11, TOPP11 e Fiagros estão entre destaques do Bom Dia FIIs (21/3)
GGRC11 e RELG11 negociam portfólio de 4 ativos por R$133,4 milhões; Fiagros divulgaram relatório gerencial detalhado.


A negociação de imóveis logísticos entre os fundos imobiliários GGRC11 e RELG11 e os relatórios gerenciais dos Fiagros SNAG11 e OIAG11 estão entre os destaques do mercado nesta sexta-feira (21), um dia depois de mais uma alta do IFIX.

No primeiro pregão com Selic a 14,25% ao ano, após anúncio do Copom na noite de quarta-feira (19), o índice de FIIs fechou com a 14ª alta consecutiva, em 3.259,03 pontos, valorização de 0,11%, uma das menores da sequência iniciada em 20 de fevereiro. Nesse período, a alta acumulada é de 6,50%.
O IFIX atingiu a máxima do dia ainda pela manhã, acima de 3.265 pontos, o que resultaria numa alta próxima de 0,30%. Depois, porém, o índice perdeu fôlego, mas sempre mantendo patamar superior ao da véspera. Na semana, a alta acumulada já é de 1,34%; no mês de março, de 4,41%.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
SNAG11 amplia receita em 44% e reforça reservas para futuras distribuições
O Fiagro SNAG11, da Suno Asset, apresentou uma rentabilidade de 1,31% em fevereiro, considerando a combinação entre valorização da cota e distribuição de rendimentos. O resultado foi impulsionado pelo pagamento semestral do CRA Shull, que contribuiu para um acréscimo na reserva de lucro do fundo, elevando-a de R$ 0,03 para R$ 0,07 por cota.
A receita distribuível do Fiagro saltou de R$ 6,63 milhões para R$ 9,58 milhões em fevereiro, um avanço de 44,59%. O fundo seguiu com sua estratégia de distribuição de proventos de R$ 0,11 por cota, equivalente a 107% do CDI (126% do CDI líquido, considerando a alíquota mínima de 15% do imposto de renda).
A gestão manteve o guidance de dividendos do SNAG11 para o primeiro semestre de 2025, com uma banda inferior de R$ 0,105 e banda superior de R$ 0,115 por cota. Segundo a Suno Asset, a carteira permanece saudável, 100% adimplente e sem eventuais problemas de crédito, garantindo previsibilidade ao investidor.
O SNAG11 tem um patrimônio líquido de R$ 619 milhões, o equivalente a R$ 10,19 por cota, alocado em 12 diferentes ativos. A maioria do valor, cerca de 90%, está em operações de crédito atreladas ao CDI que apresentam um spread médio de 3,67% e duration (prazo de vencimento) médio de 4,84 anos.
OIAG11 alcança dividend yield de 16,8% ao ano com alta em pagamento
O Fiagro OIAG11 registrou um resultado de R$ 730 mil no mês de fevereiro, o equivalente a R$ 0,081 por cota, mas aumentou o patamar de distribuição de dividendos em R$ 0,105 por cota, depois de pagar R$ 0,10 nos seis meses anteriores. Esse valor representou um dividend yield de 16,8% ao ano sobre o preço de fechamento da cota no mercado secundário em 28 de fevereiro, de R$ 7,52.
Para complementar o pagamento, realizado na última terça-feira (18), o fundo utilizou R$ 0,024 da reserva de resultados, que passou a ser de R$ 0,045 por cota após o repasse.
A variação nos resultados mensais, segundo a Fator, gestora do Fiagro, reflete a sazonalidade dos pagamentos dos ativos na carteira, especialmente aqueles atrelados ao ciclo agrícola e que pagam juros semestrais. Para manter a estabilidade nos rendimentos, a gestão adota a estratégia de acumular a reserva nos meses de pagamento elevados e utilizá-la nos períodos de menor repasse.
Durante o mês, o OIAG11 expandiu sua exposição a diversos Fiagros e FIDCs, ampliando a alocação em ativos-alvo para 87,7% do patrimônio líquido – o índice era de 81,9% no mês anterior. Entre as principais movimentações, o fundo investiu R$ 3,9 milhões em um FIDC da Ponto Rural e R$ 769 mil no Agriconnection.
TOPP11 registra lucro de R$ 3,6 milhões e projeta próximos dividendos
O fundo imobiliário TOPP11 registrou em janeiro um resultado de R$ 3,6 milhões, de acordo com relatório gerencial mais recente. A RBR Asset, gestora do FII, segue com o guidance para os rendimentos entre R$ 0,82 e R$ 0,86 por cota.
Com um desconto de 29,78% em relação ao valor patrimonial, o portfólio do TOPP11 segue apresentando demanda pelos espaços disponíveis. Em janeiro, o Edifício Platinum, um dos ativos do fundo, registrou um aumento de 17% no preço do aluguel após a entrada de um novo inquilino, consolidando o valor de R$ 365/m².
O fundo afirma que segue investindo na valorização de seus imóveis e na melhoria da experiência dos inquilinos. Entre as iniciativas em andamento estão a instalação de catracas com reconhecimento facial e a modernização dos elevadores do Edifício Platinum.
A quitação da aquisição dos imóveis, prevista para abril de 2026, segue dentro do planejamento do fundo. A estratégia envolve a realização de uma nova emissão de cotas para levantar os recursos necessários – tanto para o pagamento quanto para a diversificação do portfólio.
GGRC11 e RELG11 negociam portfólio de imóveis logísticos por R$ 133,4 milhões
O fundo imobiliário GGRC11, que atua no segmento de galpões logísticos, assinou uma carta de intenções para adquirir os quatro imóveis que fazem parte do portfólio de outro FII do segmento, o RELG11. O valor da negociação é de R$ 133.456.200,00 e os imóveis. localizados em Cotia (SP), Extrema (MG), Queimados (RJ) e Contagem (MG). somam cerca de 50 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL). O GGRC11 conta hoje com 29 imóveis em seu portfólio.
A notícia fez as cotações do possível vendedor dispararem: o RELG11, que não faz parte da carteira teórica do IFIX, teve alta de 17,02%, negociado a R$ 70,12 por cota ao fim do pregão, depois de fechar na véspera em R$ 59,92 e alcançar a máxima de R$ 76,70 pela manhã. Esse valor resultaria numa alta de 28%. O GGRC11 fechou praticamente estável, a R$ 9,86.
Entre os investidores do RELG11 estão dois dos FIIs da Suno Asset, o SNFF11 e o SNME11. Em seu último relatório, o SNFF informou ter 6,4% de seu patrimônio líquido alocado em cotas do fundo, o equivalente a cerca de 20% das cotas do fundo. No caso do SNME11, essa posição equivale a 5,6% do PL, a maior concentração entre os fundos imobiliários que fazem parte do portfólio.
A proposta precisa ser aprovada em assembleia geral extraordinária (AGE) pelos cotistas do RELG11. a partir desta sexta-feira (21) até 3 de abril. O pagamento será feito mediante a compensação financeira de créditos entre os fundos, a partir de uma nova oferta de emissão de cotas a ser realizada pelo GGRC11 assim que superadas todas as condições precedentes.