Bom‌ ‌Dia‌ ‌FIIs‌ ‌–‌ BARI11, DEVA11 – Confira‌ ‌os‌ ‌destaques‌ ‌de‌ 22/11

Bom‌ ‌Dia‌ ‌FIIs‌ ‌–‌ BARI11, DEVA11 – Confira‌ ‌os‌ ‌destaques‌ ‌de‌ 22/11

O‌ ‌‌IFIX‌‌ fechou ‌a‌ ‌última‌ segunda-feira‌ ‌(22)‌ ‌em queda de -0,49%,‌ terminando ‌o‌ ‌dia‌ ‌em 2.581,43 pontos.‌ ‌No‌ ‌acumulado‌ ‌do‌ ‌mês‌ ‌de‌ novembro ‌e‌ ‌do‌ ‌ano‌ ‌de‌ ‌2021,‌ ‌a‌ ‌variação‌ ‌do‌ ‌índice‌ ‌é‌ ‌de‌ -3,52%‌ ‌e‌ -10,05%,‌ ‌respectivamente.‌  

Também, o ‌‌índice‌‌ ‌‌‌‌SUNO30‌‌‌‌ ‌‌fechou‌‌ ‌‌em‌‌ queda de -0,53%‌ ‌‌e‌‌ ‌93,12 pontos.‌‌ ‌‌Veja‌‌ ‌‌na‌‌ ‌‌tabela‌‌ ‌‌‌abaixo:‌‌

fechamento fiis

Confira as principais notícias do mercado de FIIs:

BARI11 explica os atrasos nos pagamentos de CRIs e tranquiliza cotistas

A gestão do FII Barigui Rendimentos Imobiliários (BARI11), detalhou em seu Relatório Gerencial divulgado na segunda-feira (22), a performance do fundo no mês de outubro. Além disso, a gestora Barigui Gestão explicou que, mesmo com créditos em atraso, o fundo continua com suas receitas intactas.

O fundo distribuiu R$ 1,15/cota referente ao mês de outubro, acumulando a distribuição de R$ 15,52/cota nos últimos 12 meses e R$ 12,44/cota apenas no ano de 2021. Confira abaixo: 

BARI11

A gestora reforçou que a distribuição representa um retorno de 15,01% em 12 meses e 12,03% no ano de 2021, e em relação ao valor de IPO do BARI11, 15,52% em 12 meses e 12,44% no ano. 

Em relação aos investimentos do fundo, foi adquirido o CRI Minas Brisa pelo valor de R$ 8,5 milhões. O referido CRI tem taxa de IPCA+ 7,5% e prazo de 5 anos. 

A gestão explicou que apesar do BARI11 já estar com mais de 95% do seu Patrimônio Líquido alocado, ainda há a expectativa para o próximo mês de aquisição de CRIs corporativos no mercado primário que detenham boas garantias, além de risco retorno positivo. 

Veja abaixo o perfil do portfólio do fundo:

BARI11

Créditos Pulverizados em Atraso

Em comparação a setembro, o mês de outubro apresentou acréscimo de dois casos, totalizando 61 contratos com parcelas acima de 60 dias em atraso. 

Deste total, a gestora disse que 11 casos estão em execução de coobrigação e tal movimentação deverá se refletir na quitação destes contratos nos próximos meses. 

Além dos já citados, outros 17 casos já possuem acordos firmados para a retomada dos pagamentos e 18 estão em renegociação. 

No total, acima de 180 dias, 26 contratos permanecem em atraso, sendo que cinco já estão em renegociação, oito estão em execução de coobrigação e outros doze em execução da garantia. 

O BARI11 deixou claro que a representatividade dos contratos acima de 180 dias em atraso ainda é baixa, o equivalente 4,8% dos créditos pulverizados. 

Mesmo assim, o atraso dos créditos não representa problemas nos pagamentos dos CRIs, por conta de mecanismos de segurança. 

Como funciona o mecanismo de segurança dos CRIs?

Antes de explicar esse mecanismo, a gestora lembrou que desde o início da pandemia foi instaurado o protocolo para a concessão de renegociações a mutuários que mais sofreram impactos financeiros e que tiveram sua capacidade de pagamento diminuída. 

Foi criada a prerrogativa renegociação das parcelas em atraso e a vencer a partir do decreto de estado de emergência. 

Além disso, os CRIs pulverizados possuem mecanismos de segurança que protegem o Fundo dos atrasos dos créditos imobiliários. 

Na estruturação dos CRIs há a constituição de uma reserva de caixa para suprir potenciais atrasos que venham a surgir em seu lastro ao longo dos anos. 

Os mecanismos de segurança permitem aos clientes em atraso o tempo necessário para regularizar a situação de pagamento, como também protege o fundo de um potencial “default”. 

Os valores de venda dos imóveis serão destinados para pagar o saldo devedor destes créditos, gerando saldo no valor da dívida. 

O FII Barigui Rendimentos Imobiliários tem por objetivo a valorização e rentabilidade de suas cotas, por meio de investimentos em ativos imobiliários, principalmente os CRIs e aplicações financeiras.

DEVA11 explica redução no valor patrimonial e planeja nova emissão de cotas

A Devant Asset, gestora do Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11), informou aos cotistas nesta última segunda-feira (22) os resultados do mês de outubro. A gestora também explicou a redução no valor patrimonial das cotas do FII, além de comentar as razões para uma nova emissão de cotas. 

Em outubro, o fundo distribuiu de resultados o valor de R$ 1,40 por cota, o que corresponde a um dividend yield de 1,46%. Confira abaixo:

DEVA11

A remuneração foi equivalente a 353,78% do CDI. Como realizado nas emissões anteriores, foram distribuídos rendimentos pagos a recibos adquiridos na 5ª emissão.

A gestão divulgou os recursos captados na 5ª emissão de cotas, que foram alocados em CRIs, sendo: 

No total, foram alocados R$ 206,1 milhões. A gestão disse que a taxa média ponderada dos ativos totalizou 10,9% a.a (+ inflação), ou seja 0,5% superior à média da carteira total antes da emissão. 

A carteira do DEVA11 possui 87% de alocações em CRIs, 9% em cotas de FIIs e permanecendo 4% em caixa. Confira abaixo o perfil do portfólio do fundo:

DEVA11

Três operações pertencentes ao portfólio foram pré-pagas pelo devedor para estruturação de novas dívidas. Porém, as mesmas não foram reinvestidas pelo DEVA11. A gestão entende que as novas taxas ficaram muito aquém para os riscos envolvidos nas operações. 

Parte dos valores advindos das multas de pré-pagamento foram distribuídos como rendimentos e cerca de R$ 732 mil foram reservados para distribuições posteriores.

Alterações no valor da cota patrimonial 

A gestora explicou a redução da cota patrimonial do fundo, que tem a ver com o cenário macroeconômico. Conforme a taxa selic vai aumentando, maior o prêmio de risco exigido pelos investidores. 

Isso faz com que as taxas da curva de juros futuros se mantenham em constante e forte alta, disse a gestora. Essa dinâmica acaba sendo refletida nas marcações à mercado dos ativos dentro do DEVA11 e como consequência, há também uma alteração no valor patrimonial no curto prazo. 

Porém, até o vencimento do ativo, o fundo receberá exatamente a remuneração pactuada no momento da aquisição do CRI.

Nova emissão de cotas 

No dia 17 de novembro foi divulgada a 6ª emissão de cotas do fundo, com o objetivo de aumentar a diversificação dos ativos e manter a qualidade da carteira. 

A gestão explicou que no atual momento econômico (taxas de juros crescente, inflação e etc), o mercado de CRI ficou mais difícil.

Por isso, com maior volume de recursos por meio de uma emissão de cotas, o fundo ganha maior poder para negociar, modelar e definir as garantias e taxas dos ativos. 

Como complemento, a gestão lembrou que se por um lado a alta da taxa básica de juros por um lado reduz o apetite do investidor da renda variável, por outro, aumenta o apetite do investidor do CRI, ativo de renda fixa. 

Nesse momento, a competição pelas operações diminui e por isso é também um momento oportuno para os fundos que possuem caixa e que podem adquirir essa nova leva de ativos, informou a gestora.

Diante disso, já foi programado um pipeline para a 6ª emissão de cotas que está em torno de R$ 250 milhões divididos em 10 operações. A taxa média ponderada desse novo pipeline é de Inflação + 10,80% ao ano, 0,45% acima da taxa média ponderada atual (inflação + 10,35% ao ano).

O Devant Recebíveis Imobiliários é um fundo imobiliário do tipo papel. Seus investimentos são direcionados para Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

Você investe bem em fiis? Um consultor Suno pode te mostrar caminhos que talvez você não conheça.
foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

últimas notícias