TRXF11, INFB11 e OIAG11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (23/5)
TRXF11 anunciou venda de imóvel locado ao Assaí em Ipatinga (MG); outros fundos detalharam movimentação em relatórios.


O fundo imobiliário TRXF11, o FI-Infra INFB11 e os Fiagros OIAG11 e SNAG11 estão entre os destaques desta sexta-feira (23), encerramento de uma semana em que, até agora, o mercado de FIIs flutuou bastante, mas andou praticamente de lado.

O IFIX teve nesta quinta-feira (22) mais um pregão de oscilação nos dois sentidos e fechou o dia em alta de 0,02%, aos 3.436,98 pontos. No acumulado da semana, porém, o resultado é de leve baixa, de 0,06%.
O cenário repetiu os dias anteriores: o índice de FIIs atingiu a máxima do dia logo após a abertura e depois se estabilizou pouco acima da cotação da véspera. No início da tarde, oscilou para baixo e passou a maior tarde no vermelho, mas se recuperou no fim do pregão a ponto de terminar em alta.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
SNAG11 lucra R$ 10,2 milhões e mantém distribuição de 112% do CDI
O SNAG11 registrou em abril um lucro de R$ 10,28 milhões, alta de 4,89% em relação a março, quando o resultado havia sido de R$ 9,80 milhões. A performance mensal foi positiva, com rentabilidade de 5,74%, considerando a valorização da cota e a distribuição de rendimentos.
O Fiagro da Suno Asset seguiu com sua política de distribuição de dividendos, a R$ 0,11 por cota no mês — valor que será pago nesta sexta-feira (23) e representa 112% do CDI, ou 132% do CDI líquido de imposto de renda, considerando a alíquota mínima de 15%.
A gestora pretende manter esse patamar de distribuição até o fim do primeiro semestre de 2025. A carteira segue saudável, sem eventos de inadimplência. No fim de abril, o SNAG11 negociava a 0,95x o valor patrimonial, ainda com desconto, o que implica uma remuneração equivalente a CDI + 4,04% líquido de taxa de administração.
Durante o mês, foi concluída a operação de revolvência do CRA Boa Safra, dentro dos parâmetros estabelecidos em contrato, demonstrando a robustez da estrutura e a eficácia na gestão dos ativos lastreados. A operação permitiu a substituição e inclusão de novos devedores, ampliando a base de cedentes de 57 para 88 produtores rurais
OIAG11 gira carteira com vendas milionárias; yield anualizado alcança 16,7%
O OIAG11 registrou em abril um resultado de R$ 923,5 mil, equivalente a R$ 0,102 por cota. O valor distribuído aos cotistas foi de R$ 0,105 por cota, o que representa um dividend yield anualizado de 16,7%, com base na cotação de R$ 7,53 no mercado secundário.
Durante o mês, o fundo com gestão da Fator concluiu a venda total de suas posições nos Fiagros KNCA11 e RURA11, nos valores aproximados de R$ 546,2 mil e R$ 2,8 milhões, respectivamente. Também realizou uma venda parcial de cotas do PLCA11, no valor de R$ 324,1 mil. As operações geraram um ganho de capital de R$ 102,8 mil, reforçando a receita do período.
A composição da receita em abril teve origem majoritária em CRAs e CRIs (59%), seguida por Fiagros (21%), renda fixa (10%) e ganho de capital (10%). Em relação à alocação, 82,2% do patrimônio líquido está atualmente investido em ativos-alvo — sendo 47,4% em CRAs, 8,6% em CRIs e 26,2% em cotas de fundos. O caixa do OIAG11 soma cerca de R$ 15,7 milhões, destinados à aquisição de novos ativos em análise.
INFB11 acumula alta de 4,40% no ano e retoma dividendos de R$ 1,00 por cota
O FI-Infra INFB11 registrou em abril o acumulado de uma valorização de 4,40% no ano, impulsionado pelo bom desempenho dos ativos atrelados à inflação e pela retomada do fechamento da curva de juros reais. No mesmo período, o índice de referência IMA-B5 apresentou retorno de 4,92%, enquanto o CDI somou 4,07%.
O cenário de inflação elevada e a redução nas taxas futuras de juros favoreceram os títulos de crédito privado da carteira, que seguem remunerando em média IPCA + 9,25% ao ano. Com base em uma projeção de IPCA de 5% nos próximos 12 meses, a taxa equivalente da carteira é de 14,71% ao ano, isenta de Imposto de Renda.
Neste contexto, o INFB11 retomou a distribuição mensal de dividendos no valor de R$ 1,00 por cota, patamar que deve ser mantido nos próximos meses. A cota sintética do fundo sob gestão da Drýs Capital, que incorpora os proventos. atingiu R$ 101,38, superando o valor inicial de R$ 100,00.
TRXF11 conclui venda do imóvel Assaí em Ipatinga (MG) ao CPUR11
O fundo imobiliário TRXF11 concluiu a venda do imóvel de varejo locado ao Assaí localizado em Ipatinga (MG), pelo valor total de R$ 107.67 milhões. A expectativa da TRX Investimentos é que o lucro líquido da transação fique em torno de R$ 16 milhões, o que representa um ganho de aproximadamente R$ 0,80 por cota.
A taxa interna de retorno (TIR) projetada pelo TRXF11 é de cerca de 15% ao ano. O preço de venda do imóvel está alinhado com o laudo de avaliação de dezembro de 2023, refletindo um cap rate médio de 7% com base no aluguel vigente.
Do total da venda, R$ 71.4 milhões correspondem ao saldo do Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) da 98ª Série emitido pela Bari Securitizadora. Esse montante agora é de responsabilidade do FII comprador, o CPUR11, que passa a usufruir da receita do imóvel.
Além disso, a venda do imóvel em Ipatinga, junto com a recompra parcial da CCI do CRI atrelada a outro imóvel do portfólio, resultará em uma redução na alavancagem do TRXF11, estimada em R$ 142 milhões.