RCRB11, MANA11 e SNID11 são destaques do Bom Dia FIIs (23/8)
RCRB11 anunciou ação de despejo contra a WeWork. SNID11 vai realizar desdobramento e MANA11 divulgou resultados em relatório gerencial.
Os fundos imobiliários RCRB11 e MANA11 e o FI-Infra SNID11 estão entre os destaques do mercado nesta sexta-feira (23), depois de mais um dia de oscilações do IFIX, que fechou em 3.378,64 pontos, recuo de 0,09% em relação ao resultado da véspera.
É a primeira vez que o principal índice de FIIs cai dois dias seguidos desde os dias 5 a 6 de agosto, pior momento do mês, quando o mercado ainda refletia as fortes quedas sofridas nas bolsas asiáticas, especialmente o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio.
O IFIX até começou o dia em alta e rapidamente atingiu a máxima do dia, em 3.384,64 pontos, mas antes da primeira hora de negociações passou a oscilar em patamar negativo, caindo para o piso de 3.376,17 pontos pouco antes do fechamento das negociações.
Apesar da queda de 0,20% acumulada na semana, o índice de fundos imobiliários se mantém no azul em agosto, com alta acumulada de 0,41%. A variação total do ano também é positiva, em 2,03%.
Confira as principais notícias do mercado:
SNID11 fará desdobramento de cotas 1:10 em 28/8
O SNID11, FI-Infra da Suno Asset, vai realizar um desdobramento de cotas, na proporção 1:10, a partir da próxima quarta-feira, dia 28 de agosto. Hoje dividido em 720.384 cotas, ele passará a ser formado por 7.203.840 unidades.
Cada investidor terá direito a 9 novas cotas para cada cota que detiver ao fim do pregão de terça-feira (27). Essas cotas devem ser creditadas nas contas das respectivas corretoras até a sexta-feira, dia 30.
A princípio, nada muda no patrimônio do investidor, uma vez que os valores das cotas serão divididos por 10 após o desdobramento. O patrimônio líquido do SNID11, de R$ 73,2 milhões, hoje em R$ 101,62 por cota, ficará em R$ 10,16. Já o valor de mercado muda de acordo com o fechamento do dia 27 – nesta quinta-feira (22), o fundo fechou negociado a R$ 101,00 por cota.
O principal objetivo de um desdobramento é ampliar a liquidez do fundo, a partir da redução do valor unitário das cotas, o que costuma acontecer com os chamados “fundos de base 10”, que têm cotas negociadas perto de R$ 10, o que costuma atrair investidores iniciantes pela possibilidade de diversificar os investimentos com aportes de capital menores.
MANA11 vê lucro saltar 55% e mantém projeção de dividendos
O fundo imobiliário MANA11 registrou um resultado de R$ 3,259 milhões em julho, o que representa um aumento de quase 55% em relação ao lucro observado em junho, que tinha sido de R$ 2,102 milhões.
Conforme destaca a Manatí Capital, gestora do fundo, a principal fonte de resultado mensal foram os investimentos em operações de CRI. Outro destaque foi o rendimento que veio de fundos imobiliários. Por fim, também compõem esse resultado a remuneração de caixa em instrumentos de liquidez.
Os dividendos distribuídos foram de R$ 0,10 por cota, o que representa um dividend yield (DY) de 13% ao ano, considerando a cotação de fechamento desse período. O valor atual está em linha com o guidance de rendimentos do MANA11 para o semestre, que é de R$ 0,10 a R$ 0,12 por cota, e que se manteve para o terceiro trimestre.
GGRC11 consegue aprovação dos cotistas para mudar regulamento
O fundo imobiliário GGRC11 obteve resposta positiva dos cotistas em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada de forma não presencial, para realizar mudanças em seu regulamento. As alterações visam modernizar a estratégia de investimentos e aumentar a flexibilidade na gestão, permitindo ao fundo diversificar seus ativos e otimizar a alocação de recursos.
Dentre as principais mudanças, destacam-se a inclusão de empreendimentos imobiliários prontos e terrenos como novos tipos de investimento, e a possibilidade de aquisição, de forma direta ou indireta, de ações ou quotas de sociedades de propósito específico, que garantem maior segurança e potencial de rentabilidade.
O fundo gerido pela Zagros também poderá investir em ações, debêntures e outros ativos financeiros relacionados ao mercado imobiliário, ampliando assim suas oportunidades de retorno.
RCRB11 vai entrar com ação de despejo contra WeWork
O fundo imobiliário RCRB11 vai entrar com ação de despejo contra a WeWork, empresa de gestão de espaços de coworking, que está com três meses de inadimplência nos espaços ocupados no edifício Girassol 555, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo.
Em fato relevante divulgado na noite de quarta-feira (21), o RCRB11, que detém 34,81% da propriedade do prédio, informou que realizou uma reunião no começo de agosto para chegar a um acordo com a empresa, sem sucesso, e que havia dado prazo até terça-feira, dia 20, para a regularização dos valores em atraso, o que não aconteceu.
Além da ação de despejo, com pedido liminar para desocupação imediata, visando a rápida liberação do Imóvel, o RCRB11 e os demais proprietários vão entrar com um pedido de Execução de Título Extrajudicial, a fim de receber os aluguéis em atraso, com multa e juros, referentes aos meses de maio, junho e julho, com vencimento no dia 15 do mês seguinte.