CPTS11 praticamente mantém dividendos, enquanto VGIP11 “afunda”; confira lista

CPTS11 praticamente mantém dividendos, enquanto VGIP11 “afunda”; confira lista
Rendimentos do CPTS11 de julho representam mais de 140% do CDI

Alguns fundos imobiliários divulgaram nesta última quinta-feira (13) os dividendos dos FIIs para o mês de outubro. Dos cinco fundos que informaram rendimentos, um dos destaques é o CPTS11 que reduziu pouco seus rendimentos, que pagará R$1,05 por cota.

Com a deflação recente, dezenas de fundos de CRI estão diminuindo seus rendimentos. No mês passado, o fundo de papel da Capitânia distribuiu dividendos de R$ 1,10, ou seja, uma redução de 5% entre o mês e o outro.

Por outro lado, o VGIP11 reduziu fortemente sua distribuição para o mês de outubro, divulgando um rendimento de R$ 0,45 por cota. Porém, em agosto, o fundo de CRI distribuiu R$ 1,00 por cota.

Além dele, o MCCI11 distribuirá R$ 1,10 por cota, que manteve o mesmo patamar de distribuição nos últimos 5 meses. Por outro lado, o MCHF11, fundo de hedge da Mauá, manteve seus rendimentos em R$ 0,11 em setembro, mesmo patamar do último mês.

Já o VGIR, fundo de CRI com a maioria dos ativos indexados ao CDI, manteve seus dividendos em R$ 0,13 por cota.

Só receberão os rendimentos dos FIIs desta lista os investidores aqueles que compraram cotas até a data de corte, neste caso, a última quinta-feira (13). Todos os fundos desta lista pagarão dividendos no dia 20 de outubro.

Fundos que divulgaram rendimentos em setembro (data base 13/10)

CPTS11 reduziu rendimentos, mas em menor medida

Em seus últimos relatórios, a gestora do CPTS11 enfatizou que o foco do fundo estava em aumentar a taxa média de aquisição dos papéis via reciclagem da carteira em operações de menor risco, porém, com taxas altas.

A gestão do fundo acredita que, por meio do giro de sua carteira, conseguirá manter o patamar de distribuição do fundo de papel.

Por isso, o CPTS11 prossegue desfazendo de operações no mercado secundário e adquirindo CRIs com taxas superiores a IPCA + 7%. Esse spread tem garantido o mesmo patamar de dividendos, mesmo com a redução do IPCA.

Na visão do BTG Pactual, os dividendos do CPTS11 poderão se manter no mesmo patamar, pois até o mês de setembro o fundo possuía uma correção monetária a distribuir de R$ 0,84 por cota.

Outro aspecto importante é que CPTS11 possui diversos FIIs de tijolo em carteira, “que se beneficiam do fechamento da curva de juros”, comenta os analistas do banco. Por isso, o CPTS11 deve reduzir pouco ou manter seus rendimentos, mesmo com a baixa da inflação.

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foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

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