Os dividendos do KNRI11 continuarão crescendo em 2022?
Algumas dúvidas específicas sobre alguns fundos imobiliários surgem a todo momento entre os investidores. A fim de esclarecer algumas questões dos cotistas, o professor Baroni, especialista em Fundos Imobiliários da Suno Research, fez uma live para esclarecê-las, em que explicou detalhes sobre o fundo KNRI11.
Uma das dúvidas foi justamente a relação do FII KNRI11 com o banco Itaú em uma eventual emissão de cotas no futuro, assim como a visão do professor a respeito da continuidade ou não do crescimento do dividendo do KNRI11.
Os dividendos do KNRI11 devem continuar aumentando em 2022?
Algo que também entrou em pauta entre os investidores do Kinea Renda Imobiliária foi o aumento no pagamento de dividendos. Baroni vê que os proventos do KNRI11 podem ser ainda mais elevados ao longo do semestre, por conta de aluguéis que ainda estão em desconto e podem ser recebidos em sua totalidade em algum momento.
Apesar disso, embora o viés realmente seja de alta, ainda seria cedo para cravar que esse aumento ocorrerá. O último rendimento do KNRI11 foi de R$ 0,86, distribuído no mês de março. A data de pagamento dos dividendos do FII para a próxima distribuição será em 14 de abril de 2022, com o valor de R$ 0,81 por cota.
Além das antecipações de aluguel serem algo comum na realidade do fundo imobiliário, ele apresenta também uma boa reserva acumulada, o que aumenta essa expectativa para o crescimento dos dividendos do KNRI11, ressaltando que esta é apenas uma possibilidade.
Entre os anos de 2014 e 2016, o fundo imobiliário Kinea Renda Imobiliária já chegou a pagar dividendos em torno de R$ 0,92 por cota. Após isso, houve uma queda considerável em seus rendimentos, antes de retornar a alta novamente. Sendo assim, embora se tenha essa perspectiva de crescimento, muitos investidores acabam apontando esse fato como uma crítica aos rendimentos do KNRI11.
Sobre isso, o professor Baroni associa a queda nos rendimentos do KNRI11 com o momento econômico do país naquele período, visto que sempre a economia do Brasil reflete nas questões ligadas aos fundos de investimento imobiliário e outros ativos de renda variável. O impacto vai depender das características do próprio fundo, setor que ele atua e os tipos de contratos vigentes, como aconteceu com o Kinea Renda Imobiliária.
O KNRI11 é um fundo imobiliário da base de clientes do Itaú. Assim, ele não possui o mecanismo de direito de preferência, mas sim emissões por ordem de chegada. Sendo assim, o professor Baroni aponta que ele é um FII cujas emissões e ofertas são voltadas para quem tem conta neste banco.
Esse cenário gera um problema para os cotistas do Kinea Renda Imobiliária?
Baroni não vê que isso seja um problema para o KNRI11 para o momento, principalmente quando ele está sendo negociado com desconto, ou seja, abaixo do valor patrimonial. Além disso, não se tem perspectivas para o momento de uma nova emissão de cotas.
No entanto, quando existe uma situação inversa, em que se tem uma negociação de cotas com ágio e há um desconto de 10% a 15% nas emissões, o professor Baroni aponta que há uma certa frustração dos investidores que queriam ter o direito de subscrição.
Para o futuro, o professor acredita que em algum momento o Itaú possa rever isso. “Até porque hoje o fundo tem uma quantidade relevante de cotistas e não dependeria mais tanto assim da distribuição direta pelo Itaú”, afirma. Para ele, pode haver no futuro um meio-termo nessa questão, com uma parte das cotas emitidas não serem exclusivamente dos corretistas do banco.
O fundo imobiliário KNRI11 possui uma gestão excelente, segundo opinião do especialista. Mas acaba tendo essas questões que podem ser incômodas ao investidor em um primeiro momento, embora alguns sejam mais sensíveis a isso e outros menos.