Dividendos do SNID11 podem subir: FI-Infra divulga guidance para 1º semestre de 2025
Atual patamar de dividendos, de R$ 0,10 por cota, aparece como mínimo para distribuição, com máximo em R$ 0,13 por cota.
O SNID11, FI-Infra sob gestão da Suno Asset, divulgou seu relatório gerencial de novembro, com destaque para a ampliação do teto do guidance de dividendos para o primeiro semestre de 2025, estabelecido em R$ 0,13 por cota.
O valor dos dividendos do SNID11 nos últimos meses, de R$ 0,10 por cota, agora aparece como banda inferior, ou seja, como valor mínimo a ser distribuído, depois de figurar no centro do guidance para os três meses finais de 2024, de R$ 0,09 a R$ 0,11 por cota.
Segundo a Suno Asset, a mudança se deve ao momento da Selic, que foi elevada em um ponto em dezembro, para 12,25% ao ano, e tem previsão de novas altas ao menos nas primeiras reuniões do ano do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom.
“Esse cenário nos possibilita um horizonte de previsibilidade devido à aderência que o SNID11 por sua indexação ao CDI”, explica a gestão no relatório. O CDI flutua mais ou menos paralelamente à Selic, e deve permanecer alto ao longo do primeiro semestre do ano que vem.
Em novembro, o FI-Infra SNID11 fechou o mês com patrimônio líquido de R$ 73,5 milhões, majoritariamente alocado em debêntures incentivadas, que entregam uma rentabilidade de CDI + 2,25% ao ano. Com as debêntures comuns, que entregam um spread mais generoso, a taxa média sobre para CDI + 2,48% ao ano.
Dividendos do SNID11: movimentações de novembro
Em novembro, o FI-Infra SNID11 realizou três novas aquisições de debêntures. A gestão incluiu um novo ativo à carteira, o SUMI18, com aquisição de R$ 1,2 milhão a um spread de CDI + 1,65%, no mercado primário. O título foi emitido pela Alloha, provedora de internet por fibra óptica que atua com a marca GigaMais.
“Enxergamos o setor de telecomunicações como muito resiliente, diante da necessidade de praticamente todos os brasileiros em ter um acesso confiável de internet e conexão de rede 4G/5G nos seus celulares. A Alloha tem conseguido crescer, em um setor onde o mais racional seria uma consolidação nos próximos anos. Hoje como uma das maiores provedoras de médio porte, ela se coloca como uma das possíveis consolidadoras”, explica a gestão.
O SNID11 também ampliou sua participação em duas debêntures que já faziam parte da carteira, no setor de saneamento: adquiriu R$ 700 mil em títulos CASN23, da Casan, com spread de CDI + 2,00%, no mercado secundário, e R$ 1,2 milhão em debêntures simples AEGE17, da Equipav, a CDI + 3,6% no mercado primário.
No início desta semana, o SNID11 pagou aos cotistas os dividendos referentes a novembro, no valor de R$ 0,10 por cota. O valor representou uma distribuição anualizada de 13,1%, com um carrego de 110% do CDI, ou de 143,2% considerado o Gross Up.