EURO11 diz que as expectativas para o mercado não são das melhores

EURO11 diz que as expectativas para o mercado não são das melhores

A gestora Coinvalores informou nesta terça-feira, 28 de abril/20, quais foram os principais destaques referente ao último mês de março/20 do fundo imobiliário EUROPAR.

FII EUROPAR (EURO11) foi constituído em dezembro de 2002 com o objetivo de investir em imóveis comerciais e industriais destinados à locação. Atualmente, seu patrimônio está composto com 1 Torre de Teste de Elevadores (Torre Atlas) e por 5 galpões logísticos, sendo 3 em São Paulo no Centro de Distribuição Anhanguera (CDA) e 2 do Rio de Janeiro no Centro de Distribuição Rio de Janeiro (CDRJ), conforme abaixo:

euro11

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Na figura acima, perceba que na cor azul estão as áreas disponíveis para locação. Sobre esses espaços, o relatório do EURO11 informou que nos mês de março, os imóveis receberam visitas de 3 empresas, onde uma delas se interessou pelo Módulo I com área de 6.974 m² e as outras duas se interessaram pela área total dos módulos I e II correspondente a 11.498,03 m².

Foi informado também que a empresa ocupante do módulo II localizado no galpão I do CDA com área de 4.276,86 m² comunicou que devolverá tal módulo em 16/05/20.

Com essa devolução, o decréscimo no caixa será de R$ 0,30 por cota e a partir de 16/05/20 a taxa de vacância passará a ser de 30,77%. No entanto, por se tratar de rescisão antecipada de contrato, haverá incidência de multa rescisória proporcional de 3 aluguéis.

Para resolver o problema da vacância e com objetivo de buscar uma nova visão estratégica comercial, o EURO11 contratou a CB Richard Ellis para comercialização dos imóveis vagos localizados no CDA.

A Coinvalores disse que a CB Richard Ellis é uma empresa de tradição no segmento dos imóveis sendo uns dos maiores players do mercado possuindo expertise de inteligência de mercado bem como uma imensa carteira de clientes em sua base de dados.

EURO11: Carta da Coinvalores sobre a pandemia do coronavírus – COVID-19

Nos últimos 3 anos o mercado imobiliário vem sofrendo os impactos causados pelo fraco
desempenho da economia brasileira que afetou todo o setor produtivo e em especial o setor imobiliário que neste período registrou um aumento nos índices de vacância e redução nos preços do aluguel.

Iniciamos 2020 com boas expectativas de melhora e redução na taxa de vacância, tivemos várias empresas visitando o empreendimento, e os indicadores do mercado imobiliário, com forte potencial de crescimento no setor logístico, também sinalizavam uma melhora generalizada.

Agora com o advento da pandemia do novo coronavírus – COVID-19 as expectativas para o mercado como um todo não são das melhores.

Trata-se de uma crise sem precedentes na história recente da humanidade, e além das preocupações com a saúde e bem estar da sociedade, é certo que a quarentena, a decretação de estado de calamidade e demais medidas adotadas pelos governos com o objetivo de conter a disseminação do vírus, trará sérias consequências para economia mundial atingindo todo o setor produtivo.

Diante deste cenário desafiador estamos atentos e envidando todos os esforços com o objetivo de minimizar os impactos para o fundo.

É consenso no mercado que a crise irá impactar todo o setor produtivo e que a tônica deve ser a negociação, como medida indispensável para contenção de danos.

Neste sentido, estamos adotando todas as providencias para evitar inadimplências, possibilitar a manutenção dos contratos e evitar demandas judiciais, e o resultado de tais medidas já está impactando o faturamento do Fundo.

As incertezas causadas por esta situação e que já se refletiram no preço dos ativos, que sofreram forte redução nos últimos dias, não nos permite fazer qualquer projeção para os próximos meses, assim, não iremos divulgar a projeção de receita que vínhamos divulgando em relatórios anteriores.

Por fim, cabe destacar que, apesar da crise, o valor intrínseco do imóvel não deve ser afetado no médio prazo, pois, devido a excelente localização do CDA o que permite atender as demandas e-commerce, um mercado em forte expansão, e considerando a possibilidade de locação dos dois módulos consecutivos perfazendo área de 11.498 m², acreditamos que tais diferenciais poderão qualificar o empreendimento como uma ótima alternativa para a região.

EURO11: Inadimplência

No relatório, foi evidenciado que em 31/07/2019 a empresa que ocupava Galpão 3, localizado no CDA com área de 1.496,50 m², rescindiu antecipadamente o contrato de locação.

No entanto, restou pendente uma dívida, correspondente a aluguel, encargos locatícios e multa rescisória, cujo montante já está em R$ 157.214,05.

A empresa apresentou proposta para parcelamento da dívida. A proposta foi aceita e formalizada. A empresa já realizou o pagamento de sete parcelas, de um total de 12 parcelas, honrando assim seu compromisso com o EURO11.

Mas agora, em razão da crise provocada pelo COVID-19, a empresa solicitou um alongamento das parcelas para pagamento da dívida, sendo tal pleito aceito pelo fundo. O acordo consiste no pagamento do saldo devedor, devidamente corrigido pelo IGP-M e representando o montante de R$ 83.938, 86, em 10 parcelas iguais e sucessivas sendo a primeira a vencer em 28/05/20.

Cabe destacar que o acordo possui garantia consolidada de duas carretas cujo valor estimado de acordo com a tabela FIPE é de R$ 163.421,00. A Coinvalores salientou que esse novo acordo está em trâmite de formalização e oportunamente será homologado perante o juízo.

Rendimentos: No dia 17 deste mês, foi realizado o pagamento de R$ 0,70 por cota, relativos ao mês de março. Esse rendimento representa um DY de 0,43% (cota base R$ 161,00).

O FII Europar é considerado do tipo tijolo, de segmento hibrido com gestão passiva.

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