SNFZ11: Fiagro tem crescimento de cotistas e dividendos seguem estáveis


O SNFZ11, Fiagro da Suno Asset voltado à estratégia de investimento em terras agrícolas, manteve sua estabilidade operacional em fevereiro e registrou o segundo mês consecutivo de crescimento na base de cotistas. O número de investidores aumentou 11% no período, alcançando 3.591 cotistas.

O avanço sinaliza maior adesão à tese de investimentos do veículo, com foco na valorização patrimonial de seus ativos imobiliários, em meio a um cenário de produção promissora para a safra de grãos no país.
No campo, a colheita da safra de soja na Fazenda Coliseu — primeiro ativo a ser adquirido pelo fundo — foi finalizada, enquanto o plantio de milho e sorgo foi iniciado. A gestão destaca que a prática da rotação de culturas no inverno é fundamental para manter a produtividade da terra e contribuir para a recuperação do solo, aumentando o valor de longo prazo do ativo rural.
Mesmo diante de uma leve queda de 0,3% na performance do fundo, explicada pela desvalorização da soja em função de fatores sazonais e pela valorização do real frente ao dólar, os dividendos do SNFZ11 para pagamento nesta terça-feira (25) foram mantidos em R$ 0,06 por cota, com um dividend yield de 7,61% ao ano.
A receita distribuível do SNFZ11 foi de R$ 459,2 mil, e o resultado gerado por cota ficou em R$ 0,061, beneficiado pelo impacto positivo da Selic sobre os CRAs da carteira.
A gestão do fundo deve divulgar no próximo mês o guidance para o segundo trimestre, com base no desempenho da taxa de juros e na apuração final da produtividade da soja. Isso porque o valor do arrendamento da Fazenda Coliseu está diretamente atrelado à produção: 25% da produtividade da safra verão, com piso mínimo de 15 sacas por hectare. Caso a produtividade supere 60 sacas/hectare, o valor recebido em arrendamento poderá ser impactado positivamente.
Fiagro SNFZ11: soja pode alcançar safra histórica, com destaque para o Mato Grosso
As projeções para a safra 2024/25 da soja seguem otimistas. A produtividade média estimada no Brasil é de 58,78 sacas por hectare, com previsão de produção total de 167,4 milhões de toneladas — um aumento de 13,3% em relação à safra anterior. O clima mais regular, com melhores volumes de chuva em comparação ao ciclo passado, contribuiu para a recuperação da produtividade, mesmo com o atraso no início do plantio.
No Mato Grosso, maior estado produtor do país, a produtividade média alcançou 65,31 sacas/hectare, o maior índice da série histórica, segundo dados do IMEA (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária). A colheita já avança sobre uma área superior à média dos últimos cinco anos, o que reforça o cenário de colheita recorde no país.
Avanço na infraestrutura e projeto de irrigação
A implantação do sistema de irrigação na fazenda Coliseu segue avançando. O projeto está orçado em R$ 7 milhões e tem como objetivo garantir maior produtividade e mitigar riscos climáticos.
Segundo a Suno Asset, todos os requisitos para a implementação já foram atendidos, incluindo a autorização para captação de água e a definição do projeto de irrigação.
O principal entrave era a falta de energia elétrica, mas a gestora firmou um acordo com a Energisa, concessionária responsável pela distribuição na região, para a construção de uma linha de transmissão até a fazenda, sem custos adicionais para o Fiagro.