FIIs com liquidez: fundos chegam a mais de R$ 10 milhões negociados por dia
FIIs conseguem forte volume de negociação, mesmo eventualmente com preços unitários mais altos para as cotas.
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![Foto: Fernando Cesarotti](https://files.fiis.com.br/uploads/perfil.jpg)
Os fundos imobiliários (FIIs) são conhecidos pela dupla possibilidade de ganho que oferecem aos investidores: os dividendos, distribuídos mensalmente pelos principais fundos de acordo com os resultados obtidos, e o ganho de capital, ou seja, a possibilidade de lucrar com a venda de cotas por melhor superior ao da compra.
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Para esse segundo aspecto, geralmente as principais preocupações dos investidores passam pelo preço de aquisição: aproveitar oportunidades em que os FIIs estão a preço baixo, como efeito de movimentações da gestão ou mesmo de cenários macroeconômicos, para garantir uma compra “na baixa”.
O que nem sempre é levado em conta, contudo, é a liquidez dos fundos, ou seja, a velocidade com que o cotista consegue realizar a negociação e receber o dinheiro esperado com o ganho de capital.
Um levantamento da Suno apontou os fundos com maior volume financeiro diário de no mercado secundário da B3 em janeiro, com destaque para o XP Malls (XPML11), que registrou um volume médio próximo a R$ 14,9 milhões, seguido pelo TRX Real Estate (TRXF11), com R$ 12,365 milhões.
O Maxi Renda (MXRF11), com R$ 11,274 milhões, está em terceiro no volume financeiro médio. Ele é considerado o FII mais popular no mercado hoje, sendo o único no Brasil até agora a já ter registrado mais de 1 milhão de cotistas.
O top 5 de volume financeiro médio diário é completado por BTG Pactual Logística (BTLG11), com volume médio diário de R$ 10,579 milhões, e pelo Vinci Shopping Centers (VISC11), com R$ 9,874 milhões.
Veja abaixo os 25 FIIs com maior volume financeiro diário em janeiro:
- XPML11 – R$ 14,892 milhões
- TRXF11 – R$ 12,365 milhões
- MXRF11 – R$ 11,274 milhões
- BTLG11 – R$ 10,579 milhões
- VISC11 – R$ 9,874 milhões
- KNCR11 – R$ 9,365 milhões
- KNIP11 – R$ 9,365 milhões
- HGLG11 – R$ 8,375 milhões
- TGAR11 – R$ 7,541 milhões
- CPTS11 – R$ 7,153 milhões
- HGBS11 – R$ 5,971 milhões
- XPLG11 – R$ 5,034 milhões
- VGHF11 – R$ 4,489 milhões
- PVBI11 – R$ 4,314 milhões
- IRDM11 – R$ 4,203 milhões
- VGIR11 – R$ 4,105 milhões
- KNRI11 – R$ 3,852 milhões
- HGCR11 – R$ 3,783 milhões
- LVBI11 – R$ 3,744 milhões
- RBRY11 – R$ 3,734 milhões
- GALG11 – R$ 3,625 milhões
- HSML11 – R$ 3,489 milhões
- MCCI11 – R$ 3,399 milhões
- BCFF11 – R$ 3,335 milhões
- KNHY11 – R$ 3,312 milhões
FIIs e liquidez: preço não afeita volume
O resultado dos FIIs com maior volume financeiro mostra que não há relação direta entre a liquidez das cotas e seu valor de mercado: dos cinco ativos com maior volume financeiro de negociações, apenas o MXRF11 é considerado um fundo “base 10”, ou seja, com valor de mercado próximo dos R$ 10, o que tornaria as cotas mais atraentes para investidores de menor porte – entre eles os iniciantes no mercado de fundos imobiliários, que chegou a 2,5 milhões de cadastrados no fim de 2023.
Por causa dessa percepção, vários fundos realizaram ao longo do segundo semestre o chamado “desdobramento” de cotas, que consiste no aumento proporcional das cotas para cada investidor, mas com menor valor individual, sem afetar o valor patrimonial do fundo. Segundo os analistas, a medida cria uma pulverização de cotistas, com potencial de ampliação da base, e tende a facilitar a liquidez dos papéis.
De fato, a decisão amplia as negociações se considerado o volume de cotas, mas sem interferência direta no valor negociado pelos FIIs. Por exemplo, o MXRF11 tem uma média de 1 milhão de cotas negociadas por dia, enquanto o XPML11 movimenta um número bem menos de cotas, cerca de 129 mil por dia. Seu valor de mercado, no entanto, nunca foi inferior a R$ 114 neste ano, considerando os preços de fechamento, o que levou a negociações próximas a um volume de R% 15 milhões diários.