FIIs de shoppings: oportunidades são maiores que desafios; gestores do VISC11 e HGBS11 explicam motivo
Os especialistas avaliaram sobre os principais desafios e oportunidade para os fundos de shoppings em live; saiba mais
Apesar dos FIIs de shoppings apresentarem os melhores desempenhos em 2023, ainda existem alguns desafios que os investidores precisam ficar atentos. O cenário macroeconômico, a taxa de juros e a incerteza de taxação dos fundos imobiliários são alguns pontos mencionados por André Freitas, sócio-fundador e CEO na Hedge Invest.
No entanto, a perspectiva do gestor do HGBS11 ainda continua sendo positiva. “As últimas transações que a gente tem visto no mercado são transações ao redor de 9%. Quando você olha isso e vê a perspectiva das taxas de juros no horizonte de 12,18 meses virem para 9%, mostra que realmente são compras difíceis de serem realizadas”, avaliou durante o Super Clássicos FIIs 2023, transmissão promovida pelo canal da XP Investimentos no YouTube.
“Poucas vezes a gente teve oportunidade de comprar bons ativos no gancho como esse de 9%. Então tem desafios, mas as oportunidades, na minha opinião, são maiores que os desafios”, completou.
Falência de Americanas e Starbucks impactam os FIIs de shoppings?
Leandro Bousquet, sócio e head de Real Estate na Vinci Partners, explicou que alguns segmentos, como os de logísticas, podem ser mais impactados pelas dívidas de empresas como Americanas, Starbucks e Tok&Stok.
“As empresas de varejo podem ter mais impacto em alguns fundos de logística, que tem uma concentração eventualmente maior em alguns desses varejistas que estão com algum problema, comparado aos de shoppings.”, destacou o gestor do VISC11.
“Acho que, no caso de shoppings, você tem essa proteção natural a respeito de obviamente ser sempre negativo, de ser sempre uma coisa que o shopping precisa trabalhar para repor, para, de fato, substituir”, acrescentou o especialista.
Saiba mais sobre o HGBS11
O HGBS11 é um fundo que investe em shoppings. Ele foi constituído em dezembro de 2006, e a instituição responsável pela administração é a Hedge Investments.
Atualmente, soma 91.731 cotistas, com cotas direcionadas para investidores em geral.
O fundo tem um patrimônio líquido de R$ 2.3 bilhões. Dividido pelo número de cotas, o valor patrimonial por papel é de R$ 231,98.
Carteira do VISC11
O valor de mercado do VISC11 é de aproximadamente R$ 2,5 bilhões. Em outubro, o volume médio diário de negociação das cotas na B3 foi de R$ 3,2 milhões, o que representou um giro equivalente a 3% das cotas do fundo.
As aplicações financeiras somam R$ 162,7 milhões, dos quais R$ 159,5 milhões eram títulos públicos e fundos referenciados DI com liquidez imediata, além de R$ 3,1 milhões em cotas de fundos de investimento imobiliário. O fundo possui obrigações referentes a aquisições prévias de R$ 866,9 milhões
O VISC11 encerrou o mês de outubro com 268.009 mil cotistas.