BROF11 refaz projeção de dividendos com possibilidade de novas altas; veja os cenários
O fundo imobiliário BROF11 divulgou, nesta quinta-feira (25), os resultados referentes ao mês de junho. Embora o fundo tenha reduzido os rendimentos em julho, a gestora fez novas projeções com possíveis aumentos nos próximos meses, sobretudo para o ano de 2025. O valor pode variar de R$ 0,55 a R$ 0,60 por cota.
Neste mês, os dividendos do BROF11 foram de R$ 0,435 por cota, enquanto nos últimos 5 meses o fundo vinha pagando R$ 0,54 por cota. Mesmo assim, esse valor representa um dividend yield anualizado de 10%, e em linha com a projeção mensal para o ano de 2024.
As receitas do fundo gerido pela BGR, no segundo semestre deste ano, foram impactadas pelo período de carência da Caixa Econômica no ativo Passeio Corporate. Porém, para o ano que vem, as projeções para os rendimentos são maiores.
Se o fundo imobiliário mantiver os níveis atuais de vacância e os valores de aluguéis, os rendimentos podem ser ajustados “para cima”.
Além disso, a gestão do BROF11 considera um IPCA de 4% ao ano para o cálculo das despesas financeiras e projeta a antecipação dos aluguéis da Vale, que serão pagos em parcelas mensais. Outro fator importante é o novo contrato com o reajuste dos aluguéis.
Por fim, a gestora ressalta que o efeito da carência da Caixa Econômica no edifício Passeio Corporate se encerrará em 2025, que também contribui com a projeção mais otimista dos dividendos.
Esforço da gestão do fundo imobiliário BROF11 para venda de ativos
O fundo BROF11 fez uma operação de alavancagem para aquisição do Ed. E-Tower. Para pagá-la, a gestora aponta a necessidade de vender alguns dos ativos que possui, como o Ed. Passeio Corporate e o Ed. Águas Claras.
Com isso, a expectativa é que a venda não apenas diminua as despesas financeiras do fundo, mas também diversifique seus ativos e regiões, podendo aumentar o valor das cotas no mercado. Para gerenciar esse processo de venda, o fundo contratou a XP Investimentos para ajudar na parte financeira e estratégica.
Em junho, o valor da cota do BROF11 caiu 9,04%. A gestora explica que isso aconteceu devido a dois fatores: a desaceleração nos cortes da Selic e a projeção de dividendos para 2024, que será impactada pela carência da Caixa no Passeio Corporate. Essa situação macroeconômica também afetou outros Fundos Imobiliários de tijolo.
O BRPR Corporate Offices (BROF11) é um fundo imobiliário do segmento de lajes corporativas, possui gestão ativa e se destina aos investidores em geral. O fundo possui 3 ativos: o Passeio Corporate, no Rio de Janeiro; Águas Claras, em Nova Lima; e o E-Tower, em São Paulo.