RBVA11 paga menor dividendo em mais de 3 anos e explica motivos; veja quais
Após pagar seu menor dividendo em mais de 3 anos, o fundo imobiliário RBVA11 explicou os principais motivos. Confira quais.
Em novo relatório gerencial, referente ao mês de novembro, o fundo imobiliário RBVA11 anunciou os novos resultados do FII, e detalhou sobre os rendimentos distribuídos neste mês de dezembro (referente a novembro), que chegou ao menor patamar em mais de 3 anos.
Após 17 meses com o valor estável em R$ 1,00 por cota, a gestão pagou no dia 15 de dezembro a quantia de R$ 0,90 por cota, o que representa o menor valor desde outubro de 2021, quando haviam sido distribuídos pelo FII RBVA11 R$ 0,87 por cota.
Segundo a gestão, o cenário econômico mais restritivo afetou a distribuição de dividendos do RBVA11, principalmente devido às condições de mercado que dificultaram a venda de ativos. Este fator impactou negativamente o resultado não recorrente projetado para o semestre.
Detalhes sobre a queda de dividendos do RBVA11
Como já detalhado anteriormente, o fundo realiza sua distribuição de rendimentos a partir de dois componentes principais, sendo o primeiro deles a parcela recorrente, originada principalmente dos aluguéis mensais, e a parcela extraordinária, que vem dos ganhos de capital obtidos na venda de ativos.
Nos últimos anos, a parcela extraordinária tem se destacado devido à consistência com que foi gerada. Desde 2021, o fundo imobiliário RBVA11 tem distribuído, em média, R$ 0,08 por cota ao mês, totalizando mais de R$ 210 milhões em vendas de ativos e um lucro de R$ 65,4 milhões.
Um exemplo de operação bem-sucedida foi a venda do imóvel Haddock Lobo no segundo semestre deste ano, que gerou um ganho de capital de R$ 30,2 milhões.
Por outro lado, certas vendas previstas para o segundo semestre não foram realizadas devido às dificuldades econômicas do momento. Isso levou à necessidade de ajustar as expectativas para a distribuição de rendimentos do RBVA11, a fim de alinhar com os resultados previstos.
A Rio Bravo, gestora do FII, acredita que é mais vantajoso reduzir os rendimentos temporariamente do que vender ativos abaixo do seu valor potencial de mercado.
Apesar das incertezas no cenário econômico brasileiro, o fundo mantém perspectivas positivas para o futuro. Espera-se que, no curto prazo, o processo de alienação de ativos seja retomado de maneira pontual, com a possibilidade de gerar novos ganhos de capital.
Para o primeiro semestre de 2025, a estimativa é de um resultado recorrente de R$ 0,80 por cota. Além disso, a distribuição mensal deverá permanecer em R$ 0,90 por cota, devido à estratégia comercial focada em ganhos com a venda de ativos de maneira oportuna.
O resultado do RBVA11 em novembro foi de R$ 12,958 milhões, gerado a partir de receitas imobiliárias que somaram R$ 14,138 milhões, enquanto as despesas foram de R$ 2,167 milhões.