RCRB11: fundo imobiliário divulga falta de pagamento de aluguel de gigante de bebidas
O fundo imobiliário RCRB11 comunicou ao mercado um atraso no contrato de locação do imóvel Continental Square, na Rua Olimpíadas, em São Paulo, que hoje responde por aproximadamente 5% da receita contratada do portfólio.

A Heineken, responsável pela ocupação do espaço, deixou de pagar os aluguéis referentes aos vencimentos de outubro e novembro de 2025. Segundo a própria locatária, o atraso não decorre de problemas financeiros, mas de um processo interno de transferência da posição de locatária para outra empresa do mesmo grupo econômico.
A Rio Bravo, gestora do fundo imobiliário RCRB11, diz que não há sinal de risco de crédito envolvido na inadimplência, mas projeta impacto direto em torno de R$ 0,08 por cota no resultado mensal.
Mesmo assim, o FII manteve inalterado o guidance de distribuição para o semestre, atualmente projetado em R$ 0,94 por cota ao mês. O valor poderá ser ajustado caso a evolução das negociações ou outros recebimentos do fundo indiquem necessidade de revisão.
A equipe de gestão destaca que o caso se tornou prioridade nas últimas semanas. Além de diversas conversas com a Heineken para a negociação dos valores em aberto, o fundo já tomou as providências formais para regularizar o contrato.
A expectativa é de que, conforme o trâmite operacional avance e os novos documentos sejam firmados, os pagamentos sejam normalizados rapidamente, evitando atrasos adicionais.
O FII RCRB11 afirma que continuará atualizando os cotistas e o mercado sempre que houver novos desdobramentos sobre o tema.
Estratégia de investimento do fundo imobiliário RCRB11
O fundo RCRB11 detalhou ao mercado a estratégia de suas operações e a forma como direciona seus investimentos no setor imobiliário.
A proposta central do FII é construir um portfólio voltado para ativos comerciais de longo prazo, priorizando imóveis capazes de oferecer estabilidade, liquidez e potencial de valorização patrimonial.
Embora a política do fundo abranja diferentes tipos de ativos, o foco principal está nas lajes corporativas e conjuntos comerciais situados nos principais polos urbanos do país, que são segmentos considerados estratégicos pela gestão pela capacidade de atrair empresas de grande porte e gerar receitas ao cotista.
Além das áreas corporativas tradicionais, o fundo imobiliário RCRB11 também contempla em sua tese de investimento vagas de garagem integradas aos imóveis já pertencentes ao portfólio, entendidas como extensões naturais dos ativos principais e relevantes para a atratividade dos empreendimentos.