GARE11 lucra R$ 10,9 milhões em março e estabelece novo patamar de dividendos
O fundo movimentou R$ 93,68 milhões durante o mês, com uma liquidez média diária de R$ 4,68 milhões.
O fundo imobiliário GARE11 anunciou em seu novo relatório gerencial um resultado de R$ 10,9 milhões em março. Dessa forma, foram pagos na forma de dividendos o equivalente a R$ 0,087 por cota, representando um novo patamar de proventos ao FII.
O valor representa um dividend yield mensal de 0,95% em relação ao valor de fechamento da cota no pregão da última terça-feira (30), de R$ 9,09.
Segundo a gestão do GARE11, a venda do ativo BRF Salvador, concluída em fevereiro, gerou um lucro significativo para o fundo, que será distribuído ao longo do período de pagamento da venda.
Além disso, embora os efeitos da aquisição do novo portfólio ainda não estejam refletidos nos resultados atuais, o novo guidance de dividendos do GARE11, de até R$ 0,088 por cota nos próximos 24 meses, já considera sua contribuição.
A cota do fundo encerrou março com o valor de R$ 9,17, atingindo a rentabilidade total no mês, considerando o dividendo de R$ 0,087/cota anunciado em 28/03, de 2,40% a.m. “O Fundo segue apresentando o maior dividend yield do IFIX Tijolo entre os fundos com PL superior a R$ 500 milhões”, diz a gestora.
Ademais, o fundo movimentou R$ 93,68 milhões durante o mês, com uma liquidez média diária de R$ 4,68 milhões. Durante fevereiro o fundo ultrapassou a marca de 173.247 cotistas. GARE11 segue como o fundo que mais ganhou cotistas e mais ganhou liquidez dentro do IFIX desde dezembro de 2022.
Ao final do mês de março, o spread entre a NTN-B 2035 e o Fundo era de aproximadamente 5,43%.
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GARE11 explica a aquisição de novos ativos para o portfólio
O portfólio original de ativos logísticos do GARE11 permaneceu inalterado em março, com todas as propriedades ocupadas e contratos de locação atípicos vigentes, adimplentes e saudáveis.
Em março, foi anunciado um memorando para a aquisição de uma carteira de 21 novos imóveis, destacados na 5ª Emissão de Cotas. Esta carteira, no valor de aproximadamente R$ 843 milhões e com 140 mil m² de ABL, é composta por 21 ativos (1 logístico e 20 de renda urbana). A carteira de imóveis urbanos inclui 11 lojas do Grupo Pão de Açúcar e 9 lojas do Grupo Mateus.
“Essa aquisição marca a transformação do fundo de apenas logístico para um fundo híbrido (aproximadamente 50% logístico e 50% em renda urbana, tanto em ABL quanto em receita) com 100% de contratos atípicos e o maior WAULT do IFIX”, afirma a gestora.
Segundo o FII, o portfólio também possui um enorme potencial de reciclagem dos ativos e geração de lucro, pois o valor unitário dos novos ativos (entre R$20 milhões e R$60 milhões) amplia consistentemente o perfil e o número de potenciais compradores desses imóveis.
“Nosso objetivo é gerar lucro para distribuição aos cotistas, mantendo a estabilidade e a previsibilidade dos rendimentos a médio e longo prazo”, diz a gestora do GARE11.
GARE11: saiba mais sobre o fundo
O valor patrimonial do GARE11, segundo relatório divulgado também nesta terça-feira, mas tendo o mês de março como referência, é de R$ 1,167 bilhão, o equivalente a R$ 9,16 por cota.
O portfólio do GARE11, que até o ano passado operava como um fundo de logística e tornou-se agora um fundo imobiliário híbrido, é formado hoje por 25 imóveis, dos quais 21 foram adquiridos recentemente, trazendo para a lista de inquilinos do FII o Grupo Pão de Açúcar – GPA (PCAR3), o grupo Mateus (GMAT3), uma das principais redes varejistas da região Nordeste, e a rede Almanara, de restaurantes especializados em culinária árabe.
Os contratos do GARE11, segundo a gestão, seguem 100% atípicos, com prazo médio de vencimento de 15,4 anos, prevendo multa rescisória de 100% do valor devido até o fim do contrato e com reajustes anuais pelo IPCA.