GARE11 detalha venda de imóveis e destaca redução da alavancagem


O fundo imobiliário GARE11 divulgou em seu relatório de maio detalhes sobre a operação de venda de 10 imóveis de seu portfólio de Renda Urbana, que inclui ativos alugados ao GPA e ao Grupo Mateus em diferentes regiões do Brasil. Essa transação, anunciada em 26 de junho, tem potencial de gerar um lucro bruto entre R$ 135 milhões e R$ 156 milhões.

Além disso, a estratégia vai contribuir para reduzir a alavancagem do fundo em aproximadamente R$ 355 milhões. A estrutura da operação prevê que o GARE11 permaneça exposto aos ativos por meio de cotas subordinadas no fundo comprador, refletindo a confiança na qualidade do portfólio vendido e na valorização futura dos imóveis.
Essas cotas subordinadas possibilitam que o fundo participe de ganhos excedentes ao rendimento pactuado, que atualmente está fixado em IPCA + 9% ao ano. O pagamento pela venda acontecerá ao longo de um período de 24 a 60 meses, de acordo com o cronograma do novo fundo criado para essa aquisição.
GARE11 mantém portfólio 100% locado e com contratos de longo prazo
Segundo o relatório, o portfólio do GARE11 permanece totalmente ocupado, com todos os contratos de aluguel ativos e os inquilinos em dia com os pagamentos. O fundo mantém um prazo médio ponderado de vencimento de contratos superior a 12 anos. Em maio, três imóveis do Grupo Mateus tiveram reajustes de aluguel com base no IPCA acumulado de 12 meses, de 5,48%, o que representou cerca de 6,8% da receita do fundo.
A gestão reforçou que, embora esteja negociando novas aquisições para substituir os ativos vendidos, está adotando uma postura de cautela. A prioridade é preservar o colchão de liquidez e manter os efeitos positivos da redução da alavancagem, evitando impactar a saúde financeira do fundo no momento. Essa abordagem busca alinhar-se com a percepção do mercado acerca do GARE11, dentro do processo de redução da alavancagem.
Apesar dessa postura de contenção, operações de aquisição continuam em andamento. A equipe de gestão do GARE11 também avalia uma possível nova emissão de cotas, com o objetivo de manter a alavancagem líquida em níveis negativos, contribuindo para a estabilidade do fundo.