HGCR11 demonstra resultados e otimismo com movimentação de carteira
Em relatório gerencial apresentado aos cotistas na última quarta-feira (10), a gestão do CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) comunicou o desempenho do fundo no mês de fevereiro. Também, a Credit Suisse – gestora em questão – apresentou os dados referentes às operações efetuadas no portfólio do fundo.
Na próxima quinta-feira (12), o HGCR11 fará distribuição de R$0,62 por conta, referente aos rendimentos do mês de fevereiro.
No mercado secundário, o valor da cota – ajustada pelo valor dos rendimentos – teve variação de 0,8%, superando o IFIX que variou apenas 0,2%. Em relação aos últimos 12 meses, o resultado é negativo, com variação de -2,8% em comparação a -2,6% do IFIX. Observe com a tabela e gráfico abaixo:
A Credit Suisse informou que não foram distribuídos todos os resultados referentes ao mês de fevereiro.
Na verdade, o HGCR11 distribuiu cerca de R411,4 milhões, o que corresponde “53,7% do resultado apurado até então no semestre, detendo ainda, R$ 13,3 milhões (R$ 1,07/cota) de resultados acumulados durante este semestre e ainda não distribuídos”, afirmou a gestora.
Resultados positivos
Desta forma, a gestão do CSHG Recebíveis Imobiliários demonstrou as razões dos resultados positivos do fundo no mês passado, a saber:
- Continuidade na venda de FIIs, cujo lucro somou R$ 1,6 milhão em fevereiro;
- Resgate antecipado facultativo total do CRI Shopping Raposo;
- Amortização extraordinária parcial do CRI VHOUSE;
- Maiores índices de inflação recentemente divulgados;
Com maiores detalhes, no relatório gerencial a gestão trouxe os resultados nesta tabela abaixo:
Obviamente, “nem tudo são flores”. O fundo também apresentou o destaque negativo do mês. Neste caso, o CSHG Recebíveis Imobiliários teve que pagar aproximadamente R$1,2 milhões referentes à cotas de FIIs que foram vendidas nos meses de janeiro e fevereiro.
Além disso, a gestora informou que o fundo deverá movimentar seu patrimônio e aumentar o caixa nos próximos dias, principalmente pela:
- Continuidade da realização de lucros em FIIs e CRIs;
- Alocação integral dos recursos recebidos de resgates antecipados;
- Aumento na taxa de juros (muitos ativos do fundo são atrelados ao CDI);
Movimentação da carteira
Em relação à carteira do fundo, a gestora demonstrou que houve bastante movimentação no mês de fevereiro.
“Houve o pagamento de amortização extraordinária parcial do CRI VHOUSE no valor de R$ 31,2 milhões”, informou Credit Suisse. Esse aumento de caixa foi importante para novas alocações do fundo.
Durante fevereiro, a gestão comunicou que houve “movimentação total entre compras e vendas na ordem de R$ 84,1 milhões, sendo que a alocação líquida total foi de R$ 47,5 milhões”.
Observe abaixo as operações de compra e venda de CRIs e de outros FIIs no mercado secundário:
- Aumento da posição em R$ 40,0 milhões do CRI Sforzaii;
- Resgate antecipado facultativo total de R$ 10,6 milhões do CRI Shopping Raposo;
- Venda de R$ 2,2 milhões do CRI JSL via mercado secundário;
- Aumento da posição em R$ 25,8 milhões do FII BARI11;
- Vendas de R$ 5,5 milhões em cotas de FIIs, que geraram lucro de R$ 1,6 milhão;
Conheça o HGCR11
O CSHG Recebíveis Imobiliários é um fundo imobiliário do tipo papel especializado em compra e vendas de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs). O fundo também possui outros ativos, como cotas de FIIs e ativos de renda fixa.
O HGCR11 possui patrimônio líquido de R$1,36 bilhões e tem aproximadamente 12.372.450 de cotas emitidas. Em fevereiro, o fundo distribuiu R$ 0,62 por cota, equivalente a dividend yield anual de 7,2% (considerando o valor da cota por R$ 104,05).
Para quem deseja investir no HGCR11, o preço atual da sua cota é de R$104,38 (última atualização 10/03), sendo sua taxa de administração de 0,80%a.a. sobre valor de mercado do fundo.