HGLG11: gestora Credit Suisse tranquiliza cotistas quanto a crise do banco

HGLG11: gestora Credit Suisse tranquiliza cotistas quanto a crise do banco

Em fato relevante publicado nesta quarta-feira (5), a gestora do HGLG11 tranquilizou os cotistas quanto a crise do Credit Suisse, afirmando que os fundos geridos pelo grupo não possuem nenhum risco em relação ao problema financeiro do banco.

Em primeiro lugar, a gestora reforça que o Grupo Credit Suisse (CS) tem uma posição de liquidez com um índice de cobertura de liquidez (LCR) de 191% e ativos líquidos de alta qualidade de 235 bilhões de francos Suíços no fim do segundo trimestre de 2022.

Além disso, a capacidade de absorção total de perdas do Grupo CS é de 96,9 bilhões de francos Suíços no segundo trimestre de 2022.

De igual modo, a gestora do HGLG11 reforçou que o balanço patrimonial do Grupo CS é diversificado, com ativos líquidos que representavam cerca de um terço dos seus ativos totais no segundo trimestre de 2022.

Os fundos imobiliários como HGLG11, HGRU11, HGRE11 e outros não correm risco

Os fundos imobiliários administrados e geridos pela CSHG, tais como HGLG11, HGRU11 entre outros, são controlados pelo Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. (BICS), instituições sujeitas à observância da regulamentação local.

E a legislação que rege os fundos imobiliários tem justamente o objetivo de proteger o mercado local, pontua a gestora. Conforme exigência regulatória da Lei 8.668/93, “os bens e direitos dos FIIs são segregados e independentes”.

Em outras palavras, os ativos dos fundos HGLG11 e demais não entram em qualquer pendência em relação aos possíveis problemas com a gestão.

Portanto, os resultados e rendimentos dos FIIs seguirão suas alocações específicas, no contexto de suas respectivas atividades setoriais, “uma vez que os recebimentos de locações, créditos e todos os demais direitos dos FIIs não têm correlação e não são compostos por títulos de emissão do Grupo CS”, afirma a gestora.

Isso significa que não existe qualquer impacto relacionado às oscilações no valor das ações ou dos títulos de emissão do Grupo CS. Diante disso, a gestora do HGLG11 reforça seu compromisso com a atividade de gestão e administração de ativos imobiliários.

A crise no Banco Credit Suisse

O banco suíço Credit Suisse é uma das maiores instituições financeiras do mundo, mas enfrenta um “momento crítico”. Tanto é que as ações do banco chegaram às mínimas na última semana.

Existe uma grande crise de confiança do Credit Suisse, que impactou o custo de proteção dos bônus da instituição contra um calote, que subiu 15% na semana passada, maior aumento desde 2009.

De acordo com a KBW e Bloomberg,  a instituição bancária pode precisar captar US$ 4 bilhões de capital, mesmo após a venda de ativos para financiar sua reestruturação.

Inclusive, a Credit Suisse pode vender sua unidade de negociação de produtos securitizados e avalia a liquidação de operações de gestão de patrimônio na América Latina, com exceção do Brasil.

Todo esse problema envolvendo o banco suíço trouxe temores nos investidores de fundos imobiliários sob gestão da Credit Suisse, como HGLG11 e outros.

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foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

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