HGRE11 está pronto para o “combate ao vírus”
No documento disponibilizado na tarde de ontem, 22 de abril/20, seu administrador, Credit Suisse, apresentou a atual situação do CSHG Real Estate FII (HGRE11).
No que diz respeito aos resultados e rendimentos do HGRE11 e conforme um fato relevante divulgado no dia 27 de março/20, sua política de distribuição de rendimentos, que costuma ser baseada em poucas alterações durante cada semestre, foi alterada neste período de maior instabilidade para refletir em cada mês os possíveis impactos decorrentes de suas operações.
Nesse sentido, foi informado que mensalmente será analisado o resultado do HGRE11, incluindo todos potenciais impactos na carteira e visando uma distribuição próxima a 100% dos resultados auferidos no semestre.
“Acreditamos que, na maior parte do tempo, devemos manter a distribuição de rendimentos próxima ao limite mínimo obrigatório (95%), no entanto, nos momentos de maior pressão de caixa, acreditamos que devemos aumentar a distribuição para 100%, e preservando as reservas de lucros acumulados apenas para eventos não previstos”, destacou a Credit.
Segundo o documento, a intenção desta alteração é demonstrar ao mercado, de forma transparente, o atual patamar de geração de resultado.
Foi informado também que, atualmente, ainda não existe previsão de suspensão do pagamento mensal de seus rendimentos.
Com todo este cenário e analisando a carteira do HGRE11, sua gestão acredita que o maior impacto e risco está na locação de novos espaços e consequentemente na redução de vacância, levando o fundo a duas decisões:
- Aumento na agressividade comercial; e
- Manutenção dos investimentos previstos para seu ativo “Torre Martiniano”, que
devem aumentar a liquidez do prédio, ao mesmo tempo que possibilitará retomada dos preços de locação no futuro.
Para o lado comercial, foi informado que as medidas de restrição de circulação e isolamento social somadas à incerteza econômica causadas pela crise afetaram a evolução dos processos, com o cancelamento de visitas e a paralisação de negociações.
No entanto, ainda assim, o HGRE11 disse que segue com o processo de discussão de contrato e expectativa de assinatura em breve da locação do último andar vago de seu ativo Ed. Berrini One.
Em contrapartida, foi definido o projeto vencedor da Torre Martiniano e o fundo já está evoluindo com as formalizações e o detalhamento do projeto para que a equipe esteja pronta para iniciar as obras assim que a situação restritiva se normalizar.
Por último, destacou que seu time de gestão, a princípio, não adotará nenhuma política padrão para negociar condições dos contratos de locação, sendo que será analisado eventuais demandas caso a caso.
O HGRE11 disse que está em contato com seus locatários para entender os impactos da pandemia em seus negócios, especialmente naqueles mais representativos em termos de renda para o fundo ou que atuem em segmentos mais afetados pela crise.
Para alguns casos, o Credit disse que é possível que seja necessário conceder um prazo adicional para o pagamento de alugueis, de forma a manter o nível de ocupação, a saúde financeira dos locatários e reforçar as relações de longo prazo.
O HGRE11 atualmente está representado com 97% de seu patrimônio em imóveis e os restantes 3%, em cotas de FIIs, CRi e Renda Fixa. Abaixo, a imagem apresenta suas respectivas localizações com alguns detalhes.
Os investimentos do HGRE11 são destinados majoritariamente em propriedades do segmento de lajes corporativas, ditos também como escritórios comerciais.
Constituído em julho de 2007, o CSHG Real Estate é um FII do tipo tijolo de renda gestão ativa que tem como objetivo a aquisição, para exploração comercial, de empreendimentos imobiliários, prontos ou em construção, que potencialmente gerem renda, através de aquisição de parcelas ou da totalidade, para posterior alienação, locação ou arrendamento.
Destinado a investidores em geral, o HGRE11 possui 8 emissões de cotas já realizadas e uma taxa de administração de 1,0% ao ano sobre seu valor de mercado.