As três prateleiras dos fundos imobiliários no Brasil
Em participação no podcast Mundo Invest, o Professor Marcos Baroni, especialista e analista-chefe de fundos imobiliários da Suno Research, apontou sua visão para o futuro da indústria da classe de ativos.
Segundo ele, com o passar dos anos e o amadurecimento dos FIIs, os investidores poderão enxergar o mercado de fundos imobiliários dividido em três componentes. As três prateleiras apontadas pelo especialista dividem a classe em razão de seus tamanhos, negociação e relevância.
A primeira prateleira viria a ser composta pelos fundos com qualidade de gestão, patrimônios robustos e portfólios sólidos e diversificados.
A segunda prateleira seria composta por pequenas casas, com portfólios reduzidos, mas que trabalham para, de alguma forma, ampliar seu escopo. A terceira prateleira seria integrada por fundos com pouca representatividade no mercado e perspectivas negativas de crescimento.
O especialista classifica essas três prateleiras como Champions League (campeonato de futebol composto pelos melhores times europeus), Série B e várzea.
“Esse é um posicionamento contundente, mas franco. A Champions League terá espaço para todo mundo que quiser”, comenta Baroni.
O especialista faz alusão à primeira classe de FIIs no futuro aos gestores que conseguirem montar suas carteiras de tal forma que podem gerar valor por eficiência de custo. “Fundos imobiliários são um negócio de escala. Os maiores gestores vão ganhar muito dinheiro com as taxas, mas relativamente serão mais eficientes em seus fundos.”
Para Baroni, o amadurecimento do mercado brasileiro tende a seguir os passos do mercado norte-americano, onde os REITs, que se assemelham aos fundos imobiliários brasileiros, passam por constantes consolidações, fusões e aquisições.
Dessa forma, o mercado se tornaria mais seletivo e, por consequência, mais eficiente, assim como toda a indústria que a acompanha, como as análises independentes, atuação de gestoras e emissões.
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