Vale a pena investir em FOFs? Analista cita oportunidades com desconto

Vale a pena investir em FOFs? Analista cita oportunidades com desconto
Fundos de fundos (FOFs

Os Fundos de Fundos (FOFs) ainda podem ser uma boa opção para investidores, mesmo em um cenário de desvalorização no mercado secundário.

Segundo Leonardo Veríssimo, da Eleven Financial, existem razões significativas para incluir esses fundos nas carteiras de investimento, especialmente a possibilidade de delegar a gestão da carteira a um profissional e a ocorrência de “duplo desconto” — quando tanto o FOF quanto os fundos que compõem sua carteira são negociados abaixo do valor patrimonial.

“Quando um FOF apresenta desconto no mercado e os FIIs dentro dele também estão em deságio, temos um duplo desconto. Essa situação permite adquirir um portfólio com maior margem de segurança”, afirma Veríssimo.

O analista ressalta que os FOFs continuam sendo uma alternativa eficaz para investidores que preferem não construir uma carteira de FIIs de forma ativa.

FOFs vs. Fundos Multiestratégia

A tendência é que a indústria de FOFs perca espaço para fundos multiestratégia, que oferecem uma abordagem mais diversificada.

O multiestratégia funciona como um FOF 2.0. Ele pode incluir FIIs, CRIs, imóveis e ações, oferecendo liberdade total ao gestor. Em contraste, o FOF tradicional possui limitações, pois se restringe a cotas de outros FIIs, o que pode ser mais simples de entender e acompanhar”, explica o analista.

Atualmente, a falta de novas captações tem sido um desafio para os FOFs. Como estão sendo negociados com deságio, os gestores não conseguem realizar emissões a valor patrimonial, inviabilizando a expansão dos fundos. “Sem novas ofertas, o fundo encolhe. No entanto, se o mercado melhorar, esses fundos tendem a se recuperar mais rapidamente que o IFIX”, comenta Veríssimo.

A estratégia de fundos de fundos da RBR completa 10 anos

Um caso de resiliência é o fundo RBRF11, que completa 10 anos em junho de 2025, apresentando um desempenho robusto.

A Carteira Base da RBR, responsável pela orientação dos fundos da gestora, gerou retornos anualizados de 6,94% (IFIX) e 6,79% (CDI), demonstrando consistência através de gestão ativa focada em fundamentos.

Em maio, a RBRF11 aumentou sua liquidez, elevando o caixa de 7,3% para 10,9% após a venda de aproximadamente R$ 40 milhões em ativos. Esses recursos foram direcionados para investimentos em um CRI logístico com retorno de IPCA + 11,90% ao ano e em uma operação de mezanino com retorno mínimo de IPCA + 14,5%.

Além do RBRF11, outra opção da gestora é o fundo RBRX11, que combina a flexibilidade de investir em cotas de FIIs, adquirir imóveis e participar de operações de crédito mais complexas.

O Que São Fundos de Fundos (FOFs)?

Os Fundos de Fundos, ou FOFs, são veículos de investimento que aplicam a maior parte de seus recursos em cotas de outros fundos. Essa estrutura fornece uma alternativa prática para quem busca diversificação automática, independentemente da experiência como investidor.

A principal vantagem dos FOFs é a gestão profissional, que determina a composição da carteira e a estratégia de alocação.

Dessa forma, o investidor não precisa escolher fundos individualmente, permitindo que especialistas do mercado realizem essa tarefa.

Com uma carteira diversificada e acesso a diversas estratégias e setores, os FOFs são uma escolha válida tanto para iniciantes quanto para investidores experientes que desejam complementar suas alocações de forma eficiente.

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foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

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