SNEL11 fecha em alta com nova MP do setor elétrico, que favorece geração distribuída
SNEL11 encerrou o pregão desta terça-feira (27) em alta de 0,35%, a R$ 8,62., impulsionado pela publicação da Medida Provisória 1.300/2025.


O fundo imobiliário SNEL11, especializado em geração distribuída (GD) de energia solar, encerrou o pregão desta terça-feira (27) em alta de 0,35%, a R$ 8,62. A valorização foi impulsionada pela publicação da Medida Provisória 1.300/2025, que promove uma ampla reforma no setor elétrico brasileiro.

A MP, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 21 de maio, traz medidas que favorecem diretamente o segmento de GD, beneficiando fundos estabelecidos no setor, como o SNEL11.
Entre as mudanças significativas no setor elétrico, destacam-se
- Abertura do mercado livre de energia: Consumidores industriais e comerciais de baixa tensão poderão migrar para o mercado livre a partir de agosto de 2026, e todos os consumidores, incluindo residenciais, a partir de dezembro de 2027.
- Redistribuição de encargos: A MP propõe uma divisão mais equitativa dos custos de energia, incluindo os subsídios à geração distribuída, entre todos os consumidores.
Essas medidas são vistas como positivas para o setor, pois ampliam o mercado potencial e proporcionam maior previsibilidade regulatória. A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) considerou a MP uma proposta “positiva e isonômica”, destacando seu foco social e a distribuição equilibrada dos benefícios.
SNEL11 se beneficia com o novo cenário
O SNEL11 foi estruturado pela Suno Asset para investir em usinas fotovoltaicas destinadas à geração distribuída. Com a ampliação do mercado livre e a valorização da energia solar, o fundo vê suas perspectivas de crescimento reforçadas. Além disso, a estrutura contratual do fundo prevê reajustes nos valores de locação com base em variações tarifárias, o que contribui para o aumento das receitas em cenários de alta nas tarifas de energia.
Recentemente, o SNEL11 ampliou seu portfólio de usinas solares com a aquisição de cinco plantas em funcionamento, localizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, totalizando um investimento de R$ 123,4 milhões. Com contratos de longo prazo e correções inflacionárias, o fundo mantém um índice de inadimplência próximo a zero, oferecendo maior segurança aos investidores.
A MP 1.300/2025 ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias para se tornar lei definitiva. No entanto, sua entrada em vigor já sinaliza um ambiente mais favorável para a geração distribuída.
A expectativa é que, com a abertura do mercado e a redistribuição de encargos, haja um aumento na demanda por soluções de energia solar, o que vai impulsionar o crescimento do setor e permitir retornos atrativos aos investidores.
Investidores interessados em exposição ao setor de energias renováveis e geração distribuída devem acompanhar de perto a tramitação da MP e as movimentações do SNEL11, que se posiciona como um dos principais veículos de investimento nesse segmento promissor.