SNEL11 supera 30 mil cotistas e reforça tese: liquidez e energia limpa podem andar juntas
SNEL11 atingiu marco simbólico de 30 mil cotistas, consolidando-se como um dos produtos mais líquidos do setor de infraestrutura.


O SNEL11, fundo imobiliário de energia limpa gerido pela Suno Asset, atingiu um marco simbólico nos últimos meses: ultrapassou a marca de 30 mil cotistas, consolidando-se como um dos produtos mais pulverizados e líquidos do setor de infraestrutura no mercado brasileiro.

“Ver mais de 30 mil investidores confiando no fundo reforça que estamos entregando uma proposta de valor alinhada com o que o cotista busca: previsibilidade, geração de renda e liquidez no mercado secundário”, avaliou Guilherme Barbieri, head do SNEL11.
Lançado em dezembro de 2022, o fundo tem como foco a aquisição e o desenvolvimento de usinas fotovoltaicas dedicadas à geração distribuída, com contratos de longo prazo nas modalidades Take or Pay ou energia compensada. Hoje, são mais de 60 MWp em capacidade instalada, espalhados por sete estados, com contratos que em alguns casos se estendem até 2050.
Em um universo no qual FIIs de infraestrutura ainda sofrem com baixa negociação, o desempenho do SNEL11 se destaca, com média diária de liquidez nos últimos 30 dias acima de R$ 1 milhão. “Liquidez não é só uma métrica de vaidade. Ela representa a possibilidade de entrada e saída sem impacto relevante no preço, e isso é estratégico para atrair o investidor de varejo e também o institucional,” explica Barbieri.
Segundo relatos colhidos em fóruns de investidores e canais de atendimento da própria Suno Asset, muitos cotistas destacam a facilidade de negociação do SNEL11 como um diferencial.
SNEL11 entrega resultados e desafia paradigma do P/VP
Na visão da equipe de gestão, o que vem chamando a atenção do mercado não é apenas a tese, mas a execução. Em um mercado historicamente dominado por FIIs tradicionais de tijolo ou papel, o SNEL11 vem quebrando a inércia e entrega rendimento mensal, tese temática e capacidade de giro.
“Costumo dizer que o SNEL11 é o produto premium dentro do universo de infraestrutura,” afirma Guilherme Barbieri, head do fundo. “Ele entrega estabilidade de rendimento, possui ativos com taxa interna de retorno (TIR) elevada, contratos de longo prazo e, ainda assim, oferece alta liquidez.Essa combinação é rara — e é isso que torna o SNEL11 diferenciado”, completou o executivo.
Com o crescimento da base e o aumento da procura, veio também a valorização da cota no secundário. O fundo negocia consistentemente com um P/VP superior a 1x, ou seja, com preço de mercado superior ao valor patrimonial,o que normalmente é visto pelo mercado como “sobrepreço”.
Embora tecnicamente correto, esse número tem gerado dúvidas em parte dos investidores. Barbieri explica de forma direta: “Boa parte das usinas do fundo é contabilizada abaixo do seu valor econômico. É uma limitação da contabilidade, não da tese.” O gestor reforça que o portfólio do fundo inclui ativos com TIR real acima de 15% e contratos de longo prazo com grandes consumidores. “Se fôssemos marcar esses ativos a valor justo de mercado, o P/VP estaria mais próximo da paridade ou até abaixo dela,” completou Barbieri.
Crescimento com disciplina
Além da popularização entre os investidores, o fundo também vem crescendo em patrimônio. Após a terceira emissão, concluída em março, o fundo superou os R$ 310 milhões de patrimônio líquido, com aportes majoritariamente vindos de pessoas físicas.
Os recursos já começaram a ser utilizados em novas aquisições, como a usina de Pirassununga (SP), com contrato de locação até 2039 e TIR projetada acima da média do setor. “Estamos aproveitando oportunidades de alocar capital em projetos operacionais com desconto e risco reduzido,” disse Barbieri.
Com usinas em fase de conexão e novas etapas de ramp-up ao longo do segundo semestre, a expectativa é de aumento gradual nas receitas recorrentes. Os dividendos do SNEL11 foram de R$ 0,10 por cota em maio, mantendo a estabilidade inclusive durante o período de oferta.
O SNEL11 mostra que é possível fazer infraestrutura com escala, liquidez e apelo popular — uma equação até agora rara no mercado brasileiro. “Seguimos focados em entregar valor no longo prazo, mas é gratificante ver o fundo sendo reconhecido por liquidez, regularidade e impacto,” conclui Guilherme Barbieri.