SNEL11 reestrutura locações e aperfeiçoa potencial de retorno do portfólio
SNEL11, FII da Suno Asset com foco em geração de energia renovável, concluiu um processo de reestruturação contratual em duas usinas.
O SNEL11, fundo imobiliário da Suno Asset com foco em geração de energia renovável, concluiu um processo de reestruturação contratual envolvendo dois de seus ativos imobiliários. Essas mudanças visam aprimorar a previsibilidade de receitas, aumentar a estabilidade operacional e mitigar riscos, alinhando-se à política de gestão ativa do portfólio.
Um dos principais movimentos ocorreu na UFV Petrolina, em Pernambuco. O fundo realizou um distrato parcial com a Lemon Energia, que até então ocupava as quatro unidades de geração que compõem a usina. A empresa continuará nas unidades 1 a 3, enquanto as unidades 2 e 4 passaram a ser ocupadas pelo Consórcio Geração Solar 1, com garantia da Setta Energia Investimentos Ltda.
Os novos contratos, na modalidade “Take or Pay”, têm duração de 10 anos, incluindo uma carência inicial de quatro meses. Essa estratégia visa garantir maior previsibilidade de receitas e uma maior estabilidade dos fluxos de caixa do fundo, conforme divulgado pela Suno Asset.
Outra mudança ocorreu na UFV Itabira, em Minas Gerais. O fundo rescindiu contrato com o Consórcio Energia Livre a pedido da locatária, que recebeu descontos pontuais nas faturas de março e abril de 2025. A formalização da rescisão ocorreu em 13 de junho de 2025, com pagamento parcelado de aproximadamente R$ 2,63 milhões, referentes a multa contratual e valores em aberto, em até 30 meses.
O SNEL11 firmou um novo contrato de locação para a UFV Itabira com o Consórcio Omega GD 6, gerido pela Serena Geração S.A. O contrato de cinco anos é renovável por iguais períodos, estruturado na modalidade de energia compensada. A gestão priorizou o risco de inadimplência, com o objetivo de proporcionar maior previsibilidade às receitas do fundo.
SNEL11: saiba mais sobre o fundo
Criado para investir em empreendimentos de geração distribuída de energia, o SNEL11 já realizou três emissões de cotas, o que levou o FII a alcançar um patrimônio líquido estimado em R$ 311 milhões, ou R$ 8,12 por cota. Os recursos das duas primeiras emissões foram utilizados na construção de usinas, incluindo os ativos Itabira e Petrolina. A terceira foi destinada à aquisição de usinas já operacionais. O portfólio do fundo abrange seis Estados, como Rio de Janeiro e São Paulo.
O próximo pagamento de dividendos do SNEL11 ocorrerá em 25 de maio, no valor de R$ 0,10 por cota, conforme a posição dos investidores em 15 de maio. Na véspera, o fundo atingiu recorde de liquidez diária, com volume superior a R$ 2,4 milhões, indicando forte interesse do mercado e reconhecimento à tese de investimentos do fundo.
A Suno Asset aponta que o SNEL11 tem mostrado uma trajetória ascendente sustentada por seu portfólio diversificado, fluxo de caixa estável e uma tese de investimento pouco correlacionada com outros segmentos de fundos imobiliários. Como um dos produtos mais inovadores na B3, o fundo atrai atenção de investidores à procura de oportunidades em energia renovável.
