TRBL11: gestão de fundo imobiliário explica prejuízo contábil milionário
O fundo imobiliário TRBL11 anunciou um resultado negativo milionário e a gestão explicou os motivos disso. Entenda o que aconteceu.
O fundo imobiliário TRBL11 enfrentou um resultado contábil negativo em abril, encerrando o mês com um prejuízo de cerca de R$ 1,004 milhão. No mês anterior, o fundo havia apresentado um lucro de R$ 2,999 milhões.
O resultado negativo do TRBL11 ocorreu diante de um aumento relevante das despesas, que alcançaram R$ 3,452 milhões no período. De forma mais específica, a gestão do fundo TRBL11 explica que o impacto no resultado foi provocado por três fatores extraordinários e pontuais.
O primeiro deles foi o não recebimento do aluguel da Braskem, devido a uma falha operacional da própria locatária. Apesar disso, o pagamento está confirmado para ser realizado em maio, incluindo encargos por atraso.
O segundo fator foi a cobrança de juros incidentes sobre a parcela da aquisição dos imóveis GRU LOG, conforme estipulado em contrato, corrigida por IPCA + 2%. Já o terceiro ponto foi o pagamento de honorários advocatícios ligados ao imóvel localizado em Contagem, Minas Gerais.
Apesar do desempenho negativo, os efeitos citados são considerados temporários pela gestão do FII TRBL11, que acredita na normalização do fluxo de caixa do fundo nos próximos meses.
Ainda assim, os cotistas receberam nesta quinta-feira (15) R$ 0,58 por cota em dividendos. Com base na cotação de mercado registrada em 30 de abril, de R$ 65,00, o dividend yield anualizado do fundo ficou em 10,7%.
Atualizações sobre os ativos do fundo imobiliário TRBL11
No mesmo mês, foi concluído o reajuste no valor do aluguel pago pela Braskem, que ocupa o imóvel One Park. O valor atualizado entrará no caixa do fundo a partir de maio, fortalecendo a receita futura.
Sobre o passivo do fundo imobiliário TRBL11, houve avanço nas negociações sobre a dívida relacionada à compra do One Park. O montante original, de R$ 13,6 milhões, foi renegociado para R$ 10 milhões.
A primeira parte, no valor de R$ 6 milhões, foi quitada em 30 de abril, e a segunda, de R$ 4 milhões, deverá ser paga em janeiro de 2026, momento em que também está prevista a lavratura da escritura de compra e venda do imóvel.
Já no Centro Logístico Contagem, as obras emergenciais e estruturais foram iniciadas em 30 de outubro do ano anterior e concluídas em cinco meses, permitindo a liberação completa do imóvel. Os trabalhos emergenciais foram divididos em dois grupos, ou seja, entre as patologias estruturais e as patologias do solo, ambas finalizadas.
Agora, o local passa por intervenções de acabamento, incluindo pintura, instalação de louças, metais e fechamento de paredes. Mesmo com as obras em andamento, o galpão do fundo imobiliário TRBL11 está apto para uso e a gestão espera a solução do imbróglio com os Correios, que pediram rescisão antecipada do contrato.
