TRXF11 encerra “polêmica” e explica alocações em outros FIIs
TRXF11 detalha alocações em outros FIIs e CRIs, reforçando compromisso com a estratégia do fundo.
O fundo imobiliário TRXF11 explicou, em seu relatório gerencial publicado nesta quarta-feira (6), as alocações referentes às cotas de outros FIIs e CRIs. A TRX Investimentos, gestora do fundo, destacou seu compromisso com a tese do fundo.
A gestão explicou que optou por fazer investimentos pontuais em FIIs com excelente liquidez e oportunidades de preço atrativas. O objetivo é maximizar retornos enquanto os recursos não são alocados diretamente em imóveis. Esta alocação é uma parcela reduzida do patrimônio do fundo.
De acordo com o relatório gerencial, os investimentos em FIIs estão alinhados com o portfólio imobiliário do TRXF11, visando sinergias de longo prazo e diversificação. O foco está em ativos com potencial de retorno acima do portfólio atual do TRXF11, que continua focado em imóveis físicos do varejo.
A gestora deu detalhes sobre os fundos:
- CPTS11 (1% do PL): O TRXF11 possui uma importante exposição estratégica no FII, que detém uma carteira de crédito de alta qualidade e atrativo potencial de renda. O TRXF11 fez investimentos no fundo a um preço inferior ao valor patrimonial, o que resultou em melhorias no rendimento e maior potencial de ganhos futuros.
- EVBI11 (5,5% do PL): O TRXF11 é o maior investidor deste fundo, detendo aproximadamente 50% das cotas. Com a recente venda de um imóvel e mudança de gestor, o EVBI passa por transformações significativas, refletindo a confiança estratégica do TRXF11 nesse ativo.
- CPSH11 (2,5% do PL): Investimento em um FII de shoppings com patrimônio sólido e liquidez diária, mesmo divergindo da estratégia atual do TRXF11. A exposição a shoppings visa sinergias entre ativos de varejo, ampliando a diversificação a longo prazo.
- SPVJ11 (1,6% do PL): Com presença em grandes centros e ativos estratégicos para inquilinos varejistas, o SPVJ representa uma oportunidade de ganho de capital com a venda de ativos e liquidação do fundo.
- PQAG11 (1,0% do PL): Fundo passivo com contrato atípico de locação para a Natura, apresentando potencial de liquidação e ganho de capital a curto/médio prazo. A possibilidade de venda dos ativos indica uma estratégia de gerar liquidez e valorização para o TRXF11.
Paralelamente, o TRXF11 adquiriu posições em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) como forma de hedge para a alavancagem do fundo. Essas operações são realizadas visando proteção e maximização da distribuição de rendimentos, com taxas de aquisição superiores às de emissão, evidenciando uma estratégia cautelosa e orientada para a geração de valor aos investidores.
Os resultados do TRXF11 em maio e os ganhos do fundo
O TRXF11 é um fundo de tijolo, híbrido e com gestão ativa, com 55 imóveis do segmento de varejo, espalhados em 13 estados brasileiros.
Os próximos dividendos do TRXF11 serão de R$ 0,90 por cota, correspondente a um dividend yield anualizado de 9,92% em relação ao valor de fechamento do mês de maio.
De acordo com o relatório, desde o início das negociações na B3, o fundo acumulou uma rentabilidade total de +60,78%, superando significativamente o desempenho do IFIX. Com um crescimento contínuo no número de cotistas, que ultrapassou 165.865.
A gestora destaca que os investimentos em outros FIIs são feitos desde novembro de 2021, com um retorno expressivo de 48,76%, evidenciando a estratégia de diversificação e flexibilidade do fundo em suas operações imobiliárias. “Essas alocações, direcionadas para fundos maiores, proporcionam oportunidades táticas e ampliam a liquidez, contribuindo para a performance sólida do TRXF11”, finaliza a gestão do FII.