Fundos de infraestrutura com retorno de 22,2%? Confira o top 10


Os fundos de infraestrutura (FI-Infra e os FIP-IE) vêm ganhando destaque na carteira dos investidores, especialmente aqueles que conseguiram superar o CDI — referência para aplicações de renda fixa.

Entre eles, dois nomes chamaram atenção pelo desempenho consistente no acumulado de 12 meses: FIP-IE AZIN11 e o FII-Infra SNID11.
O AZIN11 registrou um retorno total de 22,2%, quase o dobro do CDI no período (13,2%), consolidando-se como um dos grandes destaques do setor.
Já o SNID11, da Suno Asset, também apresentou forte performance, com valorização de 14,6%, superando a taxa de referência. Nos últimos 6 meses, o fundo
No ranking geral, outros fundos também se sobressaíram, reforçando o apetite do investidor por ativos atrelados ao setor de infraestrutura. O levantamento considera a valorização da cota e os rendimentos.
Confira os 10 FI-Infra com maior retorno em 12 meses:
FI-Infra/FIP-IE | Retorno (12 meses) |
AZIN11 | 22,2% |
SNID11 | 14,6% |
CDII11 | 11,8% |
BINC11 | 11,0% |
IFRI11 | 10,0% |
DIVS11 | 10,7% |
JURO11 | 4,6% |
NUIF11 | 3,9% |
ENDD11 | 3,0% |
BDIF11 | 3,1% |
Isso demonstra que a classe segue oferecendo oportunidades de retorno acima da renda fixa tradicional, especialmente em fundos bem estruturados e com gestão ativa.
Faz sentido investir em fundos de infraestrutura num cenário de juros altos?
Apesar do ambiente de juros elevados, com a Selic em 15% ao ano, os fundos de infraestrutura (FI-Infra) seguem apresentando resultados robustos e continuam sendo uma alternativa atrativa de investimento para quem busca diversificação e retorno real acima da inflação.
De acordo a Drýs Capital, os efeitos da alta da taxa básica de juros variam de acordo com o tipo de exposição de cada fundo. “Existem dois tipos de fundos de debêntures de infraestrutura quanto à exposição à taxa de juros: os atrelados a benchmarks como o IMA-B ou IMA-B5, e aqueles atrelados ao CDI que utilizam instrumentos derivativos para inocular o componente prefixado existente nas debêntures incentivadas”, explica.
Nos fundos de debêntures que operam com hedge, as oscilações nas taxas tendem a ter pouco ou nenhum impacto no valor das cotas. Já nos fundos mais expostos ao IMA-B5, a alta inesperada de juros pode afetar negativamente o desempenho no curto prazo.
No entanto, o relatório do fundo citado, esse efeito pode ser compensado por outros fatores, como “movimentos de alta da inflação corrente, queda nos prêmios de crédito ou por um posicionamento mais conservador da gestão, com redução da duration”.
Um exemplo da resiliência desses ativos foi visto no primeiro trimestre de 2025. Enquanto o CDI rendeu 2,1% no período, o IMA-B5 teve desempenho de 3,1%, impulsionado pela alta acumulada de 2% do IPCA — o que, por si só, fez com que a parcela “IPCA+” dos ativos rendesse quase o equivalente ao CDI.