Veja os (poucos) fundos de infraestrutura que bateram o CDI em 15 meses
Apenas três fundos de infraestrutura conseguiram bater o CDI no período entre 15 de janeiro de 2024 e 2 de maio de 2025. Entre eles estão os fundos AZIN11 (FIP-IE), CDII11 e SNID11, que apresentaram retorno total superior ao índice de referência, que ficou em 14,96% no período. O levantamento foi realizado pela AZ Quest.
O FIP-IE AZIN11 lidera o ranking com 20,32% de retorno, puxado pela valorização da cota patrimonial. Segundo a gestão, o resultado reflete o aumento da exposição da carteira a ativos indexados ao CDI, além do bom desempenho ordinário e extraordinário dos papéis.
O fundo já acumula, desde seu início, um retorno equivalente a 199% do CDI, e 205% apenas no mês de abril. Veja o levantamento abaixo:
Logo atrás aparece o CDII11, fundo da gestora Sparta, com 18,89% de retorno no período. A estratégia conservadora, com pagamento contínuo de R$ 1,16 por cota, tem assegurado ao fundo uma rentabilidade anualizada de 13,8%.
Fechando o grupo dos vencedores está o SNID11, com retorno de 15,63%, também acima do CDI. Considerando o reinvestimento dos dividendos e o efeito de gross-up (bruto equivalente), o fundo entrega um ganho de 33,4%, superando também índices como o IDA-DI e o IPCA + IMA-B.
O FI-Infra se destaca ainda por negociar com desconto reduzido (apenas 4% abaixo do valor patrimonial) e por ter retomado o crescimento no número de cotistas, mesmo em um mês de baixa liquidez.
O que são os fundos de infraestrutura e por que estão ganhando espaço no mercado?
Lançados em 2020, os Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra) são uma opção de renda variável que visa incentivar o investimento privado no desenvolvimento da infraestrutura no Brasil.
Os FI-Infra investem em debêntures incentivadas, que são títulos de dívida emitidos por empresas para financiar projetos de infraestrutura. Ao adquirir essas debêntures, os fundos emprestam dinheiro às empresas e recebem pagamentos mensais de juros pelos empréstimos.
Os valores são usados pelas empresas para financiar obras de infraestrutura. Os pagamentos feitos pelos emissores das debêntures compõem a receita dos fundos. Parte dessa receita é distribuída aos cotistas sob o formato de dividendos.
Como investir em FI-Infra?
Para investir em FI-Infra, fundos de infraestrutura que investem em renda fixa e variável, você pode escolher entre duas modalidades: condomínio aberto e condomínio fechado.
- Condomínio Aberto: Nessa modalidade, você pode investir comprando e resgatando cotas dos fundos, geralmente com prazo de liquidação de D+30. As cotas estão disponíveis em plataformas de investimento e bancos.
- Condomínio Fechado: você investe em fundos de infraestrutura listados na B3, comprando e vendendo cotas de forma similar aos fundos imobiliários ou a ações de empresas. Basta procurar pelo ticker do fundo desejado e realizar a compra por meio de uma corretora ou banco.
Ambas as modalidades de fundo de infraestrutura oferecem oportunidades de investimento em infraestrutura, com a escolha entre liquidez imediata (condomínio aberto) ou a possibilidade de negociação na bolsa de valores (condomínio fechado).
