VISC11 e COVID19: FII toma medidas para “sarar da doença”
O Vinci Shopping Centers FII (VISC11) apresentou um documento ao mercado esclarecendo importantes acontecimentos sobre seu segmento de atuação, suas estratégias e seus principiais números.
O VISC11 está entre os 7 fundos imobiliários com mais de 100 mil cotistas.
VISC11: Impacto sobre o segmento de varejo e Shopping Centers
- Um dos segmentos imobiliários mais afetado pela crise;
- Shoppings temporariamente fechados desde o dia 23 de março;
- Sem previsão de reabertura, embora algumas cidades e estados estejam começando a planejar medidas de relaxamento das restrições;
- Com os shoppings fechados, a maioria dos lojistas não vende (exceção de delivery e serviços essenciais) e tem suas condições financeiras afetadas;
- Além do desafio de receber aluguel, os shoppings fechados deixam de auferir as receitas de estacionamento e publicidade;
- É esperado um aumento dos níveis de descontos, inadimplência e vacância nesse primeiro momento afetando os resultados de curto prazo do fundo;
- A retomada das vendas nos shoppings deve se dar de forma gradual, assim como os resultados do fundo;
- Quanto mais tempo os shoppings permanecerem fechados, maior será o impacto sobre a situação dos lojistas e para os resultados dos shoppings e mais longa deve ser a retomada dos resultados; e
- Algumas medidas do governos em estudo ou fase de implementação podem minimizar os impactos sobre o segmento de varejo e shopping centers: aumento da concessão de crédito para pequenas e médias empresas, redução da despesa pessoal (redução salarial, suspensão do contrato de trabalho, redução de jornadas), postergação de pagamento de tributos, entre outros.
VISC11: Ações tomadas por sua equipe de gestão
- Anúncio antecipado da distribuição de rendimentos em março de R$ 0,30 por cota, tendo por base metodologia de remuneração da cota patrimonial do fundo pelo CDI líquido de impostos. Os rendimentos dos meses subsequentes serão oportunamente definidos e comunicados ao mercado.
- Suspensão temporária das aquisições em andamento para renegociar condições que sejam compatíveis com a nova realidade de mercado e aproveitar boas oportunidades em um momento que existirá pouca disponibilidade de capital de concorrentes.
- Utilização de uma pequena parte das disponibilidades do fundo para alocações táticas em fundos imobiliários, privilegiando os fundos do próprio segmento que tiveram seus preços impactados em excesso, em nossa visão.
Em relação ao seu portfólio, a Vinci disse que tem atuado fortemente junto aos administradores dos shoppings, com o objetivo de amenizar os efeitos operando nos seguintes setores:
- Redução dos custos condominiais: redução o custo de ocupação dos lojistas;
- Estratégia de cobrança adotada para o boleto dos lojistas de março devidos em abril: estimular a adimplência para compor o condomínio dos shoppings;
- Limitar os investimentos dos shoppings: preservação de caixa dos empreendimentos; e
- Iniciar planejamento de reabertura dos shoppings para o momento oportuno.
VISC11 apresenta uma rentabilidade de 22,9%
A rentabilidade total do VISC11 desde seu IPO até o encerramento do mês de março/20 foi de 22,9%, enquanto o IFIX apresentou rentabilidade de 12,0% no mesmo período. No primeiro trimestre de 2020 o Fundo apresentou uma média diária de R$ 7,5 milhões.
Falando em número de cotistas, o VISC11 fechou o mês de março com 146,8 mil cotistas, sendo a maior concentração de investidores nos estados de SP e RJ com, respectivamente, 45,9% e 16,7% das cotas.
Perceba na figura acima que o fundo é bastante pulverizado e os vinte maiores cotistas representavam 14% do seu capital.
“Atualmente 83% das cotas são detidas por pessoas físicas e 17% são por outros investidores.”
O Vinci Shopping Centers apresenta um portfólio com 13 shoppings, localizados em 9 estados do Brasil, administrados por 7 administradoras distintas, totalizando mais de 107,4 mil m² de ABL própria.
Destinado a investidores em geral, o VISC11 é um FII do tipo tijolo gestão ativa administrado pela BRL Trust, que possui patrimônio líquido de R$ 1,7 bilhões, uma taxa de administração de 1,20% ao ano e não é cobrado taxa de performance.