VRTA11 amplia alocações atreladas ao IPCA e entrega resultado de R$ 16 milhões
O fundo imobiliário VRTA11 registrou em novembro um resultado contábil de R$ 16,38 milhões, em um mês marcado por novas alocações relevantes em crédito imobiliário e manutenção do nível de distribuição aos cotistas.
Ao longo do período, o fundo reforçou a carteira com R$ 23 milhões em novos CRIs, sendo R$ 4 milhões adicionais no CRI Summus, com remuneração de IPCA + 11,50% ao ano, e R$ 19 milhões no CRI OR Legacy, indexado a CDI + 4,0% ao ano, com vencimento em novembro de 2029.
As aquisições seguem a estratégia da gestão de combinar papéis atrelados à inflação e ao CDI, buscando equilíbrio entre carrego real e proteção em diferentes cenários macroeconômicos.
Em termos de distribuição, o VRTA11 pagou R$ 0,85 por cota em novembro e encerrou o mês com uma reserva de R$ 0,88 por cota, montante que reforça a capacidade do fundo de sustentar os dividendos ao longo dos próximos meses e absorver eventuais oscilações de resultado.
Além disso, o fundo fechou novembro com R$ 30,1 milhões em caixa, o equivalente a 2,3% do patrimônio líquido, recursos que devem ser direcionados tanto para o pagamento de dividendos quanto para novas alocações. Segundo a gestão, há duas operações em fase de análise, que podem ser liquidadas ainda em 2025, somando cerca de R$ 40 milhões.
Carteira do VRTA11
No campo financeiro, o VRTA11 mantinha ao fim do mês R$ 56,6 milhões em operações compromissadas reversas, com vencimento em dezembro de 2025 e remuneração de CDI + 0,74% ao ano, instrumento utilizado para gestão tática de caixa.
Apesar da solidez operacional, o fundo sentiu os efeitos do ambiente macro no mercado secundário. A gestão atribui a recente queda da cotação à expectativa de alta dos juros, movimento que afetou a indústria de FIIs como um todo. Ainda assim, a desvalorização abriu espaço para métricas mais atrativas: considerando o fechamento da cota a R$ 77,46, o fundo apresentou dividend yield mensal de 1,10%, o equivalente a aproximadamente 122% do CDI, já com o gross up de 15%.
Outro indicador que chamou atenção foi o P/VP de 0,92, sinalizando que o VRTA11 negocia com desconto em relação ao valor patrimonial de seus ativos. Segundo a gestão, a grande maioria dos CRIs da carteira segue adimplente e cumprindo regularmente seus pagamentos, com provisões para devedores duvidosos concentradas em casos pontuais e detalhadas no relatório gerencial.