BCIA11 divulga resultados e rendimentos do mês de fevereiro
O Fundo de Investimento Imobiliário Bradesco Carteira Imobiliária Ativa (BCIA11), administrado pelo Banco Bradesco S.A, divulgou nesta sexta-feira (19) o seu relatório gerencial do mês de fevereiro, no qual descreveu seus resultados e rendimentos mensais.
Sobre o mercado local e internacional, o gestor do Bradesco Carteira Imobiliária Ativa, destaca que o mês de fevereiro ocorreu muita volatilidade. Ele ainda diz que o cenário externo esteve marcado pela abertura da taxa de juros futuras nos EUA, por conta desse receio de alta da inflação.
Sobre o cenário interno, a gestão do BCIA11 viu uma piora na pandemia de coronavírus, com o aumento expressivo do número de casos e da taxa de utilização das UTIs, aliada ao pequeno avanço da vacinação no país.
Além disso, houve destaque pelo Bradesco Carteira Imobiliária Ativa sobre as incertezas do ponto de vista fiscal que se mantêm, e que foram intensificadas com a proximidade da votação da PEC emergencial. Além disso, se fala sobre a interferência presidencial no comando da Petrobras, que trouxe instabilidade adicional do ponto de vista político.
O gestor Bradesco Asset Management S.A. DTVM lembra que o IFIX novamente apresentou valorização de 0,25% no mês, acumulando valorização de 0,57% no ano. Coloca-se que as principais variações positivas ocorreram nos fundos de CRI, e os principais setores com variação negativa foram os fundos de shopping e agências.
Desse modo, gestor ainda afirma que embora a vacinação mais lenta tenha prejudicado a retomada das assinaturas de novos contratos de locação, o BCIA11 segue com a visão positiva para as lajes de alto padrão e bem localizadas na cidade de SP no médio prazo, para as quais os fundamentos seguem favoráveis.
Resultados e rendimentos do BCIA11
A cota patrimonial do BCIA11 obteve uma desvalorização de 0,61% no mês. Os fundos dos segmentos de CRI e de lajes monoativos trouxeram uma maior contribuição positiva na carteira. Importante ressaltar que os de lajes corporativas multiativos tiveram a maior contribuição negativa.
No mês de fevereiro, 73% das receitas do BCIA11 foram originárias de rendimentos de FIIs, enquanto 26% de ganho de capital e 1% de renda fixa. A distribuição referente ao mês de fevereiro atingiu R$0,64 por cota, que corresponde a 101% do resultado.
A receita total do Bradesco Carteira Imobiliária Ativa em fevereiro atingiu R$2,668 milhões, enquanto as despesas totalizaram R$303,77 mil. Com isso, o resultado líquido do mês alcançou R$2,364 milhões, sendo distribuídos cerca de R$2,380 milhões.
Além disso, considerando os últimos 12 meses, o Bradesco Carteira Imobiliária Ativa distribuiu R$8,30 por cota, que corresponde a um dividend yield de 7,2% considerando a cota patrimonial e de 7,8% considerando a cota de mercado, ambas no fechamento do mês.
O cotista que ingressou na oferta do BCIA11 teve um recebimento de R$ 3,80 por cota, considerando o período de setembro a fevereiro, ou ainda um dividend yield anualizado de 6,3% considerando a cota do follow on juntamente com os custos, que é isento de IR.
A cota de mercado do Bradesco Carteira Imobiliária Ativa encerrou o mês de fevereiro no valor de R$113,3, ou seja, com um desconto de 9,2% para a cota patrimonial, e com uma liquidez média diária de R$748 mil.
Portfólio do BCIA11
A alocação do BCIA11 até o dia 26 de fevereiro em FIIs era de 97% do patrimônio líquido. No mês de fevereiro, as principais alocações foram em follow ons de fundos do setor de galpões, como SDIL e VILG. Além disso, 1,9% está em caixa e 1,1% está em CRIs.
Além disso, os fundos citados pelo Bradesco Carteira Imobiliária Ativa possuem portfólios capazes de se beneficiar dentro do segmento, pois possuem imóveis com boa localização e especificações técnicas, bem como inquilinos de grande porte.
As maiores posições em FII do BCIA11 em relação ao percentual do patrimônio líquido são:
- BRCR11 – 6,6%;
- KNCR11 – 6,5%;
- KNIP11 – 6,1%;
- SDIL11 – 5,6%;
- XPLG11 – 5,2%;
Em suma, por setor, a distribuição da carteira do BCIA11 se encontra concentrada principalmente em galpões logísticos, com 33%. Em seguida, lajes corporativas representam 30%, enquanto CRI e Shopping Center correspondem, respectivamente, a 18% e 7%.