XPSF11 divulga relatório e resultados do 3º trimestre de 2021
O Fundo de Investimento Imobiliário XP Selection FoF (XPSF11), administrado pela BRL Trust, divulgou nesta quarta-feira (27) o seu relatório gerencial do 3º trimestre de 2021, em que descreveu seu resultado e rendimento trimestral.
No terceiro trimestre, o XPSF11 afirmou que se teve um período bastante volátil nos mercados internacionais, com o início do trimestre se mostrando “promissor para as principais economias, derivado do processo de reabertura mais efetivo nas mesmas e no caso específico dos EUA, com um acordo entre republicanos e democratas”.
Além disso, o fundo destacou uma elevação de aversão ao risco por parte dos investidores. Nesse sentido, se viu fatores como a elevação do números de casos da variante delta, mais pressão regulatória sobre os setores de tecnologia e imobiliário na China, assim como a “possibilidade de início do aperto monetário no EUA por parte do FOMC (Federal Open Market Committee)”.
Mesmo com a representatividade na economia local, a administradora do XPSF11 acredita que um eventual default possa ser “um evento comparado em termos de magnitude aos eventos de 2008, e como evento subsequente observamos a empresa realizar os pagamentos que estavam pendentes no últimos dias”.
Portfólio do XP Selection FoF
O XPSF11, segundo o próprio fundo, percorreu o trimestre com a carteira de FIIs mais concentrada em fundos de CRIs. Na visão do time de gestão, isso se traduziria em uma melhor proteção de patrimônio do cotista, sobretudo por conta da presença de “garantias e boa alocação em riscos de crédito nas operações investidas por esses fundos”.
Mesmo com os descontos considerados excessivos pelo fundo nos FIIs de tijolo quando se analisa várias métricas de valuation, como, por exemplo, o valor de mercado sobre valor da cota patrimonial ou custo de reposição dos ativos, a persistência da inflação faz o fundo acreditar que a volatilidade nos preços dos ativos de renda variável permanecerá elevada.
O XPSF11 acredita também em uma recuperação mais lenta nos preços das cotas dos FIIs da classe de tijolos do que anteriormente esperada. Do mesmo modo, se espera um “curto prazo mais favorável em termos de relação risco/retorno para os FIIs de papéis, entendendo que essa estratégia deve mitigar a volatilidade do fundo, dado as estruturas de garantidas envolvidas nos ativos finais destes portfólios”.
Acompanhe a exposição do fundo entre os ativos:
O fundo está 99,7% alocado em FIIs, enquanto a alocação em caixa foi de 0,3%. Em tipos de investidor, o fundo se apresenta 72,8% em pessoas físicas, assim como os investidores institucionais representam 20,8%. Os não residentes correspondem a 4,8%, outros é de 0,9% e instituições financeiras foi de 0,7%.
Em classe de FII, a alocação do XPSF11 se distribui em:
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CRI – 45,2%;
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Escritório – 19,7%;
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Logístico – 15,2%;
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Renda Urbana – 9,3%;
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Desenvolvimento – 5,0%;
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Outros – 2,9%;
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Shopping – 2,6%.
Resultado e rendimento do XPSF11
O resultado trimestral do XPSF11 é de R$ 2,11 por cota, de modo que o resultado distribuído foi de R$ 2,10 por cota. A alocação neste trimestre foi em 16 FIIs em um total de R$ 49,2 milhões.
Do mesmo modo, O XPSF11 teve um dividend yield ponderado de 10,1% anualizado no fechamento de setembro, comparado a um dividend yield do IFIX de 9,2% no mesmo período. Assim também se teve a realização de ganho de capital que totalizou R$ 1,5 milhão, que corresponde a R$ 0,36 por cota no trimestre.