Dividendos do DEVA11 caem 45% em outubro; Veja os motivos
O fundo imobiliário Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11) divulgou seu relatório gerencial do mês de setembro, mostrando seus resultados e dividendos menais, assim como as atualizações do seu portfólio.
O fundo imobiliário DEVA11 distribuiu um total de R$ 7,6 milhões em rendimentos referentes ao mês de setembro. Aos detentores do fundo foram pagos R$ 0,55 por cota isentos de imposto de imposto de renda, o que resulta em um dividend yield de 0,58%, remuneração equivalente a 54,5% do CDI.
Considerando o gross up do imposto de renda, os dividendos do DEVA11 equivalem a 64,1% do CDI. Para os recibos de subscrição referentes à sétima emissão de cotas, também foram distribuídos R$ 0,55 por cota isentos de imposto de renda, com os tickers DEVA13 e DEVA14.
Os rendimentos do DEVA11 em outubro tiveram uma queda de 45% em relação ao mês anterior. No ano de 2022, o fundo acumula um total de R$ 12,30 por cota em proventos, número 17,45% inferior aos dividendos pagos no ano passado, considerando o mesmo período.
Por que os dividendos do DEVA11 caíram?
A carteira do FII DEVA11 é composta por ativos com remuneração indexada ao IPCA. Por conta disso, o comportamento do índice está refletindo de forma direta nos rendimentos distribuídos.
Além disso, os ativos têm proteção contra deflação. Desse modo, em um momento de IPCA negativo, a correção monetária é correspondente a zero, e assim, o ativo é corrigido somente à taxa prefixada.
Dessa forma, é “natural que exista uma queda pontual nos rendimentos mesmo com proteção. Ainda assim, no acumulado, o fundo vem entregando conforme o mandato”, aponta a gestão do fundo DEVA11.
Caso essa proteção não existisse, é provável que os rendimentos teriam sido nulos no mês. O target de rendimento do DEVA11 é de 1% de dividend yield mensal. Esse target seria o alvo, ou seja, a marca que o fundo trabalha para alcançar com base em premissas existentes desde o início do FII.
O DEVA11 foi modelado no ano de 2020. Naquela época, foi comentado pela gestão do fundo que em um cenário de inflação em patamares próximos ao centro de meta definido pelo CMN, o fundo entregaria 1% de dividend yield.
O fundo destaca que se sua carteira fosse totalmente indexada ao IPCA, teria entregado 1% de DY mensal. No entanto, como a carteira era sobretudo indexada ao IGP-M, que se encontrava em alta, entregou 2,7%.
Sendo assim, em momentos pontuais de deflação, o DEVA11 está sujeito a entregar retornos inferiores a 1% de dividend yield. Apesar disso, no acumulado esse rendimento tem uma tendência a ser igual ou maior a 1%.