Dividendos do XPPR11 caem 24% em 2022, em meio às dificuldades do setor logístico

Dividendos do XPPR11 caem 24% em 2022, em meio às dificuldades do setor logístico
Dividendos do XPPR11 caem 24% em 2022, em meio às dificuldades do setor logístico

O fundo imobiliário XPPR11 divulgou seu relatório gerencial do mês de outubro, mostrando seu resultado e dividendo mensal, assim como as atualizações do seu portfólio.

No mês de outubro de 2022, foi declarada a distribuição de R$ 0,30 por cota para os detentores de cotas do XPPR11 em 31 de outubro de 2022.

Esse valor corresponde ao dividend yield anualizado de 8,65% em relação ao valor da cota de mercado no fechamento do mês, de R$ 41,60 por cota. Os dividendos do XPPR11 serão pagos em 16 de novembro de 2022.

A gestora e o administrador do fundo imobiliário XPPR11 buscam adotar uma estratégia de uniformização de distribuição de rendimentos em consonância com o fluxo de caixa no semestre.

O fundo manteve a distribuição de dividendos dos últimos dois meses. No entanto, considerando a variação do valor durante o ano, é possível notar uma tendência de queda dos rendimentos ao longo de 2022.

No acumulado do ano, o fundo XPPR11 pagou R$ 3,85 por cota em dividendos, considerando os dez primeiros meses. No ano anterior, essa distribuição foi de R$ 5,08 por cota, registrando uma queda anual de 24,21%.

Resultado do XPPR11 em outubro

O resultado do XPPR11 em outubro foi de R$ 1,308 milhão, em meio a R$ 2,13 milhões em receitas e R$ 824 mil em despesas. O resultado distribuído foi de R$ 2,19 milhões.

Ao longo do mês de setembro, foram negociadas 300.285 cotas do XP Properties no período, movimentando um volume de R$ 13,2 milhões. A liquidez média diária na bolsa foi de R$ 700 mil e a cotação no mercado secundário fechou o mês a R$ 41,60 por cota.

Como está a situação do setor de logística?

Até a sessão de ontem (10), o valor de mercado do fundo era de R$ 274,57 milhões, equivalente a R$ 37,53 por cota, enquanto o patrimônio líquido do FII é de R$ 553,4 milhões, ou R$ 75,65 por cota.

Com isso, o preço sobre valor patrimonial (P/VP) está em 0,50, mostrando que as cotas do fundo se encontram fortemente descontadas em relação ao seu valor patrimonial.

Quanto ao setor de lajes corporativas, a movimentação de locatários e o nível de absorção dos estoques de áreas vagas continuam aquém das expectativas do mercado, sendo assim, essas dificuldades não são específicas do próprio fundo.

As consequências diretas do legado trazido pela pandemia, o que inclui a racionalização e otimização de custos, home office, sistema híbrido de trabalho, revisão do planejamento estratégico das companhias e lentidão dos processos decisórios, vem trazendo dificuldades ao setor de logística.

Somado a isso, a gestão do FII XPPR11 destaca que o contexto macroeconômico ainda se encontra desfavorável, com pressão inflacionária global, incertezas sobre os rumos da economia doméstica, encarecimento das linhas de crédito, etc.

Além disso, o gestor do XPPR11 destaca os desafios que o fundo enfrenta nos últimos meses, em meio ao aumento da concorrência decorrente do excesso de oferta de espaços e pressão baixista de preços, sobretudo nas regiões de Alphaville e de São Paulo.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado financeiro, fundos imobiliários e economia popular.

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