Por que o rendimento do CPTS11 caiu tanto? Gestora explica

Por que o rendimento do CPTS11 caiu tanto? Gestora explica

O fundo imobiliário CPTS11 explicou ao mercado as razões para a redução dos seus rendimentos em dezembro. Por meio de relatório gerencial publicado na terça-feira (13), a gestora explicou que o giro de carteira, embora positivo no longo prazo, afetou os ganhos do último mês.

O CPTS11 apresentou uma rentabilidade de -6.58%, inferior ao retorno do IFIX em novembro, que caiu -4.15% no mês. Já os dividendos do fundo, também foram menores. Os dividendos do CPTS11 serão de R$ 0,37 por cota, o menor rendimento do fundo em toda sua história.

Em novembro, o fundo de papel gerido pela Capitânia Investimentos pagou R$ 0,85 por cota. Naquele mês, a gestora afirmou que “os ganhos do fundo se estabilizariam nos próximos meses, dado o aumento da inflação”.

Nos últimos 12 meses, os dividendos do CPTS11 acumulados foram de R$ 12,17, uma média de R$ 1,01 por cota. O dividend yield anualizado segue em 15,12%, segundo dados do Status Invest.

CPTS11 destaca sua estratégia e explica redução de rendimentos

Em sua explicação sobre a redução dos seus rendimentos, o CPTS11 deixou claro que não houve nenhum problema de crédito com a carteira do fundo, que segue saudável e com retorno competitivo.

O que afetou o FII de papel foi justamente os três meses de deflação entre julho e setembro. Como existe uma defasagem de 2 meses em relação à atualização monetária, a queda foi sentida no último rendimento divulgado.

A gestora explica que uma série de iniciativas ajudou a defender o resultado do CPTS11 nos meses de agosto a outubro. O fundo fez reciclagem da carteira, gerando ganho de capital. Naquele contexto, a carteira de FIIs e o giro da carteira de CRIs ajudou no retorno do fundo.

Porém, no mês de novembro o aumento das taxas de juros futuros e a queda dos FIIs na bolsa de valores, os ganhos do CPTS11 com sua carteira de FIIs ficaram prejudicados.

Como o fundo não está em condições ideais para realizar emissão de cotas, a reciclagem da carteira se dá via giro, ou seja, com venda de ativos no mercado secundário. “Isto implica em alguns casos na venda de CRIs a taxas piores que as taxas de aquisição”, destaca a gestora.

Ou seja, existe assim um “prejuízo” momentâneo para comprar ativos de mesma características a taxas melhores. Na visão da gestora, vender um CRI com risco “x“ a IPCA + 7,0% e reconhecer um prejuízo para comprar um outro CRI com o mesmo risco a IPCA + 8,0%, traz benefícios para o futuro. Porém, no curto prazo, o resultado é ruim. Isso explica rendimentos tão pequenos neste mês.

O fundo imobiliário Capitânia Securities II (CPTS11) é um FII constituído sob a forma de condomínio fechado cujo objetivo é proporcionar rentabilidade aos seus cotistas por meio da aquisição preponderantemente de ativos de origem imobiliária.

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foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

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