SNCI11 mais que dobra de tamanho em 2022; Veja as perspectivas do fundo para 2023
O Suno Recebíveis Imobiliários, ou SNCI11, é um fundo de papel da Suno Asset. Em 2022, foram realizadas pelo FII três novas emissões de cotas, fazendo com que seu patrimônio chegasse a R$ 420 milhões.
Mesmo em um mercado com diversas incertezas econômicas em 2022, o que gerou certas dificuldades aos FIIs, o SNCI11 teve “rateio” em todas as três emissões feitas no ano, mostrando que ele foi bem aceito no mercado.
Além disso, o FII SNCI11 mostrou sua alta capacidade de entregar bons resultados, o que pode ser visto nos patamares elevados de distribuição de dividendos praticados por ele.
O Brasil registrou três meses consecutivos de deflação, o que acabou afetando os rendimentos dos FIIs de papel. No entanto, o fundo imobiliário SNCI11 manteve seu patamar de distribuição em pelo menos R$ 1,00 por cota durante esse período.
“Fizemos muita gestão ativa e lutamos para gerar ganhos ao fundo, de modo a conseguir um resultado que mantivesse essa estabilidade de rendimentos para o investidor”, afirma Amanda Coura, Head de Produtos estruturados da Suno.
Em suma, o SNCI11 teve dois principais destaques positivos em 2022. Um deles foi seu relevante crescimento em meio às dificuldades do mercado, enquanto o outro foi a manutenção dos proventos em patamares elevados.
Quais são as perspectivas para 2023?
Amanda Coura destaca que o Suno Recebíveis Imobiliários pretende continuar em crescimento em 2023, inclusive no número de investidores, embora não descarte ser um ano de grandes desafios.
O fundo possui hoje mais de 43,6 mil investidores, o que mostra uma elevação de 386,73% na base de cotistas em 2022.
“O ano de 2023 continua sendo um ano de desafios a nível de mercado. Mas é preciso lembrar que o mercado imobiliário é uma das bases de retomada para a economia. Por isso, a gente acredita que há muito espaço de oportunidade para o fundo continuar em crescimento”, afirma.
Sobre a possibilidade da Selic e do CDI continuarem em patamares altos, Coura acredita que isso pode prejudicar a percepção de valor dos FIIs por parte dos cotistas, já que eles costumam comparar de maneira equivocada o retorno dos FIIs com o de ativos de renda fixa.
Ao fazer esse tipo de comparação, o investidor pode acabar deixando de lado diversas oportunidades de adquirir cotas de fundos imobiliários a preços descontados. Quando o mercado sobe novamente, ele acaba querendo retornar ao mercado e paga mais caro pelos ativos.
O que gerou esse crescimento do SNCI11 em 2022?
Amanda Coura destaca que o patrimônio do SNCI11 se elevou de R$ 160 milhões no começo de 2022 para R$ 420 milhões ao final do ano. Assim, o fundo registrou um relevante crescimento anual que ultrapassa os 160%.
Ela explica que o posicionamento do SNCI11 é de buscar uma exposição de risco médio, mesclando operações de mais risco com as menos arriscadas.
Mesmo adotando essa estratégia um pouco mais conservadora que alguns fundos mais arriscados, os dividendos entregues pelo SNCI11 têm sido semelhantes a vários desses FIIs concorrentes.
Esse resultado mostra a capacidade de geração de resultados que o fundo vem alcançando, enquanto consegue gerenciar os riscos de seu portfólio de forma mais efetiva.
A aposta do fundo SCNI11 para entregar esses ótimos resultados em 2022 foi a diversificação, aumentando a quantidade de operações. O perfil das operações também passou por mudanças, de modo que o FII conseguiu se expandir para outros setores importantes.
“No começo era muito mais incorporação, com a ‘subida’ de prédios no mercado imobiliário. Hoje o SNCI11 participa de operações de agronegócio, energia e aviação, por exemplo. Além disso, aumentamos nossa exposição ao CDI”.
No início de 2022, a exposição do SNCI11 em CDI era de 5%, percentual que passou para 30% no final do ano, em meio a escalada no patamar de juros no Brasil que foi observada nesse período.