Dividendos puxam alta, e IFIX fecha agosto como segundo melhor mês do ano para os FIIs

Anúncios de dividendos e fechamento de listagem de beneficiários movimentaram mercado; IFIX terminou mês com alta de 0,86%;

Dividendos puxam alta, e IFIX fecha agosto como segundo melhor mês do ano para os FIIs
Dividendos puxam alta do IFIX - Foto: Freepik

A movimentação do mercado no último dia útil do mês, marcado por anúncios de dividendos por mais de 150 fundos imobiliários, puxou o IFIX  para cima nesta sexta-feira (30) e ajudou a fazer de agosto o segundo melhor mês do ano para o mercado de FIIs, tanto no valor de fechamento como na alta acumulada.

O principal índice de FIIs do mercado fechou o mês em 3.393,55 pontos, alta de 0,23% em relação à véspera e de 0,86% na comparação com o encerramento de julho, em 3.364,78 pontos. Os resultados só não foram melhores que os de março, quando o IFIX acumulou valorização de 1,43% e terminou o mês com 3.408,15 pontos.

O resultado do IFIX nesta sexta-feira (30) está 0,43% abaixo do fechamento em 28 de março e 0,89% menor do que a máxima histórica do índice, obtida em 12 de abril.

DataIFIXVariação do mês
31/01/20243.333,51+0,67%
29/02/20243.360,00+0,79%
28/03/20243.408,15+1,43%
30/04/20243.381,79-0,77%
31/05/20243.382,34+0,02%
28/06/20243.347,33-1,04%
31/07/20243.364,78+0,52%
30/08/20243.393,55+0,86%

De lá para cá, o mercado de FIIs enfrentou uma série de altos e baixos relacionados ao cenário macroeconômico, especialmente com os dados de inflação mais alta que a projeção inicial que, aliados a discussões sobre metas fiscais e a valorização do dólar, levaram o Banco Central a reduzir e depois interromper o ciclo de quedas da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.

O cenário é considerado desfavorável para os FIIs, especialmente para os segmentos de tijolo, embora possa ser vantajoso para os fundos de papel, que adquirem títulos de dívida com remuneração atrelada ao CDI, que oscila junto com a Selic, ou ao IPCA, índice oficial de inflação do país.

Dividendos puxam alta; veja os principais resultados

O fundo imobiliário MXRF11 voltou a liderar o volume de cotas negociadas no dia, com mais de 1,5 milhão de unidades vendidas, depois de dois dias atrás do CPTS11. O dono da maior base de cotistas do mercado, com mais de 1,1 milhão de investidores, usa o último dia útil do mês como Data Com, o que estimula as movimentações em busca do direito de receber os proventos.

O MXRF11 surpreendeu ao anunciar dividendos de R$ 0,09 por cota, menor valor em 21 meses, depois de pagar R$ 0,10 por cota desde o início de 2024. O FII fechou o dia negociado a R$ 10,14, alta de 0,60% em relação à véspera, movimentando R$ 14,994 milhões ao longo do pregão.

O BLMG11, fundo de galpões logísticoa, se destacou positivamente no dia, com valorização de 2,59%, negociado a R$ 42,34. Na outra ponta, o HSLG11, do mesmo segmento, recuou 1,64%, cotado a R$ 86,44.

O IFIX é o principal índice do mercado de fundos imobiliários. Na atual carteira teórica figuram 112 FIIs de todos os segmentos, escolhidos pela B3 a partir de indicadores como valor patrimonial, recorrência de dividendos e liquidez das cotas, além de outros fatores.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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