FII SNEL11 mantém liquidez em alta mesmo em semana atribulada para o mercado
FII de energias limpas da Suno Asset mantém boa atratividade para o mercado em seu primeiro mês incluído no IFIX.
O mercado de fundos imobiliários teve uma semana atribulada, com cinco quedas consecutivas que acumularam uma perda de 0,91% no IFIX, mas o SNEL11, FII de energias limpas da Suno Asset, conseguiu manter sua liquidez média acima dos resultados apresentados, quando ainda não havia sido incluído no principal índice do mercado.
Ao fim do pregão de sexta-feira (20), o FII SNEL11 somou um volume financeiro acumulado de R$ 12,638 milhões, o suficiente para superar toda a liquidez do mês de agosto, de R$ 10,979 milhões, o que rendeu na ocasião uma média diária de R$ 499 mil.
Em setembro, o volume médio diário de transações do SNEL11 é de R$ 842,5 mil,um aumento de 68%; Esse volume médio chegou a superar R$ 1 milhão nas duas primeiras semanas, mas recuou com a queda da semana passada, em que as cotas do SNEL voltaram a um volume médio próximo de R$ 500 mil diários.
A média de cotas diárias negociadas cresceu em 73%, de 53,8 mil para 93,1 mil. No pregão de sexta, o SNEL11 fechou negociado a R$ 9,12, com forte ágio em relação ao valor patrimonial referente ao dia 30 de agosto, de R$ 7,12. A relação P/VP do fundo é de 1,28x.
Cotação SNEL11
FII SNEL11 com boas perspectivas
O fundo imobiliário SNEL11 explora a geração de energia renovável por meio da construção e locação de usinas fotovoltaicas, alimentadas por energia solar. Entre 2 de janeiro e 5 de setembro, ele registrou o principal retorno do ano entre os FIIs que fazem parte do IFIX, com 21,24%, segundo levantamento da Quantum Finance que levou em conta a valorização das cotas e o pagamento de dividendos.
Os dividendos no SNEL11 foram de R$ 0,10 nos três meses após o desdobramento de cotas, realizado no fim de junho. O pagamento de setembro será pago na próxima quarta-feira (25).
Embora não haja projeção de aumento no guidance da gestora para os proventos, o fundo pode ter um aumento de receitas nos próximos meses por causa da mudança na bandeira tarifária de energia estabelecida pela Aneel, hoje em bandeira vermelha de patamar 2, com aumento de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos pelos usuários.
Essa mudança é atribuída à previsão de escassez de chuvas, que compromete a geração de energia no Brasil, que tem como principais matriz as usinas hidrelétricas, e pode causar impacto direto na conta de luz dos cidadãos, mas ao mesmo tempo proporcionar um retorno mais significativo para as receitas do SNEL11.
Esses receitas vêm da locação dos empreendimentos para grupos que se beneficiam de créditos de energia, permitindo-lhes obter descontos de aproximadamente 15% a 25% em suas contas de luz a partir da integração da energia limpa ao Sistema Elétrico Nacional.
Guido Andrade, analista da Suno Asset, gestora do SNEL11, explica que, quando as tarifas de energia aumentam, o custo para alugar essas usinas também se eleva, resultando em um retorno mais significativo para o fundo. “A resposta curta é que tarifas maiores possibilitam maior valor do aluguel das usinas”, afirma o especialista.
No caso do SNEL11, todas as usinas construídas com o valor captado na primeira emissão de cotas já estão concluídas e conectadas ao sistema, com contratos em vigor e geração de receita.
As obras das usinas que estão sendo construídas com a verba captada na segunda emissão estão em andamento, e a gestão do FII faz o acompanhamento diário das construções, além de manter contato com a Aneel para que o processo de ligação das usinas seja agilizado ao máximo.