FII SNEL11 anuncia 3ª emissão de cotas; intenção é captar R$ 392,1 milhões

FII SNEL11 anuncia 3ª emissão de cotas; intenção é captar R$ 392,1 milhões
SNEL11 atua na área de energia gerada por painéis fotovoltaicos - Foto: Freepik

O SNEL11, FII da Suno Asset que atua na construção e posterior gestão de usinas fotovoltaicas, que geram energia elétrica a partir da luz solar, anunciou a realização de sua 3ª emissão de cotas, com a intenção de captar até R$ 392.137.342,90.

Serão emitidas até 47.245.463 novas cotas do SNEL11, com o valor unitário de investimento em R$ 8,55. Esse preço é composto pelo valor da cota, de R$ 8,30, e da taxa de subscrição, no valor de R$ 0,25.

Voltada para investidores em geral, institucionais ou não, que terão diferentes momentos para realizar a adesão, a oferta do SNEL11 não tem previsão de lote adicional. Já o montante mínimo de captação para a validação da emissão é de 2,5% da oferta, ou R$ 9,96 milhões, a partir da subscrição de 1,2 milhão de cotas.

Se alcançado o montante total, o patrimônio líquido nominal do fundo, de R$ 133,7 milhões, poderá crescer até 293%, chegando a mais de R$ 525 milhões. A gestão, no entanto, considera o atual VP subestimado, já que considera apenas o valor captado nas duas primeiras emissões, e não o valor real das usinas fotovoltaicas já prontas e com geração recorrente de receita, caso dos empreendimentos construídos com a verba da primeira emissão.

Assim, a opção foi por realizar a emissão acima do VP por cota, de R$ 7,08, mas abaixo do valor de mercado do SNEL11: já com os custos de distribuição, o valor tem um desconto de 5,94% na comparação com o fechamento desta quinta-feira, a R$ 9,09. 

Vale lembrar que o fundo vem se destacando como um dos FIIs de maior retorno desde o início do ano, com mais de 20% de rendimento acumulado, considerando valorização das cotas e distribuição de proventos. Aliás, os dividendos do SNEL11 de outubro, referentes aos resultados de setembro, serão pagos nesta sexta-feira (25), a R$ 0,10 por cota.

FII SNEL11: saiba mais sobre a oferta

A terceira oferta do SNEL11 para emissão de cotas terá seu próximo passo na próxima terça-feira, dia 29 de outubro, data-base para definição do direito de preferência, que poderá ser exercido na proporção aproximada de 2,5 cotas para cada unidade detida pelo investidor ao fim do pregão.

Esse direito de preferência poderá ser exercido a partir de 31 de outubro até 12 de novembro, no B3, ou 13 de novembro, no escriturador. Essa etapa é válida apenas para investidores institucionais, que terão nova oportunidade no período de Sobras, que ficará aberto de 18 a 25 de novembro na B3 e por mais um dia no escriturador.

O SNEL11 também abrirá quatro períodos de Coleta de Intenções de Investimento para investidores não institucionais, a primeira delas em 14 de novembro. A ideia é que as cotas sejam igualmente divididas entre os dois tipos de investidores, mas esses números poderão ser adaptados de acordo com eventuais diferenças na demanda.

O fundo imobiliário SNEL11 vem se destacando nos últimos meses ao aumentar de forma consistente sua base de cotistas, passando de 16 mil investidores na atualização de 30 de setembro. Em setembro, passou a compor a carteira teórica do IFIX, o principal índice do mercado de fundos imobiliários no Brasil, o que resultou em grande aumento na liquidez das cotas.

Receita do SNEL11 vem de usinas já em funcionamento

As receitas do SNEL11 vêm da locação das usinas fotovoltaicas a grandes consumidores de energia, que realizam a geração em busca de créditos para os locatários em suas próprias contas.

As usinas construídas com a captação da primeira oferta de cotas do SNEL11 já estão prontas e gerando receitas recorrentes. Já os empreendimentos da segunda emissão devem estar prontos até o fim do ano e a gestão trabalha com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que elas sejam conectadas rapidamente ao Sistema Elétrico Nacional e possam entrar em operação.

Os recursos da oferta serão usados em novos ativos dentro da política de investimentos do fundo, que tem parte de seu patrimônio líquido alocado em CRIs, com o objetivo de manter a recorrência na distribuição de dividendos sem impactos da flutuação nos aluguéis das usinas ou nos preços da energia. 

A gestão do FII SNEL11 apresentou, no prospecto da oferta, um pipeline indicativo com possibilidade de investimento em até 14 ativos, em diferentes Estados do Brasil, mas explicou que não há nenhum tipo de vinculação com possíveis aquisições.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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