MXRF11, VRTM11 e TRBL11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (28/10)

MXRF11 subiu na sexta, mas teve pior semana em quase 3 anos; VRTM11 anunciou resultados e TRBL11 caiu após interdição de imóvel.

MXRF11, VRTM11 e TRBL11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (28/10)
Galpão do TRBL11 ocupado pelos Correios foi interditado - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários MXRF11, VRTM11 e TRBL11 estão entre os destaques do noticiário nesta segunda-feira (28), na abertura da última semana de outubro, em que o mercado espera uma movimentação positiva, devido à Data Com de uma série de FIIs, depois de  reverter na sexta-feira uma tendência de queda enfrentada ao longo da semana.

O IFIX terminou o dia em 3.181,65 pontos, avanço de 0,40% em relação ao resultado da véspera, ainda que tenha sido o terceiro pior resultado do ano. Na semana em que ficou abaixo de 3.200 pontos pela primeira vez desde dezembro de 2023, o índice de FIIs terminou com queda acumulada de 1,68%. No mês de outubro, o recuo é de 3,76%, o maior para um mês desde 2021. No ano, a perda acumulada é de 3,92%.

É fato, porém, que o índice de FIIs viveu na sexta uma rotina inédita para a semana, operando o tempo todo em alta, desde a abertura, e batendo na máxima em 3.183,99 pontos minutos antes do fechamento. Vale lembrar que, na quinta, mesmo fechando em queda em relação à véspera, o IFIX teve seu pior momento na hora do almoço e terminou o dia em recuperação.

O cenário de oscilação deve persistir no mercado de FIIs ao longo das próximas semanas. A expectativa de analistas é que a virada do mês, que traz forte movimentação entre alguns dos principais FIIs, como o MXRF11, por causa da Data Com, que será na quinta-feira (31), traga uma movimentação positiva.

Por outro lado, a aproximação da reunião do Copom, que será no dia 6 de novembro e deve trazer um novo aumento para a Selic, hoje em 10,75% ao ano, deve forçar para baixo os resultados dos fundos imobiliários e, consequentemente, do IFIX. A conferir qual das duas tendências terá mais força nos próximos dias.

Confira outras notícias sobre os mercado de fundos imobiliários:

VRTA11 anuncia lucro milionário e caixa “robusto” para dividendos e CRIs

O fundo imobiliário VRTA11 registrou um rendimento total de R$ 8,387 milhões em setembro, obtido a partir de um faturamento de R$ 13,751 milhões. Diante desse resultado, os dividendos do VRTA11 somaram um montante de R$ 12,474 milhões, equivalente a R$ 0,80 por cota.

Após essa distribuição, o fundo ainda conta com uma reserva de R$ 0,40 por cota para fazer frente a obrigações futuras, assim como complementar os rendimentos mensais distribuídos. Ao final de setembro, o FII contava com R$ 34,4 milhões em caixa, o que representa 2,4% do seu patrimônio líquido. Esse dinheiro será usado para pagar os dividendos e investir em CRIs de sua carteira.

Durante o mês de setembro, a gestão destacou algumas movimentações relevantes realizadas na carteira do fundo. Dentre elas, está o resgate antecipado dos CRIs Embraed 214, 215 e 216, que somaram R$ 900 mil. O FII realizou a venda de R$ 500 mil do CRI Lar Cooperativa, além de ter quitado as compromissadas reversas, que somaram um montante de R$ 55 milhões.

“É importante salientar que desde o mês de abril o CRI BR Distribuidora I não honra com os pagamentos previstos e a previsão é de não pagamento nos próximos meses, frente a tal ocorrido foi marcado 100% de PDD para esse CRI na carteira”, explicou a Fator, gestora do VRTA11.

TRBL11 tem imóvel interditado em MG e cotação despenca

O fundo imobiliário TRBL11 recebeu um comunicado da Defesa Civil do Município de Contagem, determinando a interdição total do condomínio logístico situado na cidade que pertence ao FII e está locado aos Correios. Como impacto da decisão, o fundo teve a maior queda do dia no mercado de FIIs, de 9,20%, com a cota negociada a R$ 72,61.

O comunicado foi enviado após uma nova visita feita ao imóvel pela Defesa Civil, que ocorreu no dia 21 de outubro. Essa visita foi realizada a pedido do Correios, sem que antes tivesse qualquer comunicação prévia ao fundo.

A Defesa Civil pediu para que sejam feitas obras de intervenção para restabelecer a segurança do imóvel. Depois que essas intervenções forem concluídas, deve acontecer uma nova vistoria, que vai determinar se pode ou não haver a retomada das atividades no local.

O aluguel do imóvel de Contagem é responsável por 46% da receita contratada do FII, que já havia perdido valor de mercado na semana passada, quando houve o anúncio da interdição parcial do edifício. Desde a virada do mês, quando fechou em R$ 93,32, o TRBL11 acumula 22,19% de queda.

SNAG11 destaca inadimplência zero em cenário negativo e informa alocações 

O SNAG11, Fiagro de crédito sob gestão da Suno Asset, divulgou seu relatório gerencial com uma novidade: um guidance de distribuição de dividendos até o fim do ano, com o centro na faixa de R$ 0,10 por cota, o mesmo valor distribuído nos últimos meses, e variação de 10% para as bandas superior e inferior, ou seja, de R$ 0,09 a R$ 0,11.

 “O SNAG11 é um produto indexado ao CDI, que pode sofrer alterações devido a mudanças na taxa Selic”, explicou a Suno Asset sobre a adoção das bandas, que tem também o objetivo de ampliar a transparência e tranquilizar os cotistas, após uma queda na cotação de cerca de 5% no acumulado dos últimos dois meses – alta, mas abaixo da média de volatilidade de setor.

Na semana passada, o SNAG11 realizou a conversão em cotas dos recibos SNAG13, SNAG14 e SNAG15, referentes à 4ª emissão, encerrada no começo de outubro, que captou R$ 108 milhões. Parte do valor já foi alocado, com o patrimônio líquido do fundo saltando para R$ 582 milhões na atualização de 30 de setembro.

Parte desse valor, R$ 30,4 milhões, foi investido em CRAs emitidos pela Shull Sementes, com remuneração de CDI + 3,52% ao ano, com prêmio que eleva o spread para cerca de 4%. A empresa produz híbridos de milho e sorgo para produtores de todo o país, com tecnologia embutida que incrementa as sementes em produtividade, resistência e qualidade.

Outros R$ 9 milhões foram adquiridos em cotas do SNFZ11, o outro Fiagro da Suno Asset. O valor investido representa menos de 1,5% do patrimônio após a emissão e, segundo a gestora, foi fundamentada pela convicção na tese de valorização das terras a partir do aprimoramento da infraestrutura. As cotas foram adquiridas a R$ 9,85, na cotação mínima do SNFZ11.

MXRF11 tem pior semana na Bolsa em 33 meses

O fundo imobiliário MXRF11 registrou alta de 2,04% na sexta-feira (25), cotado a R$ 9,51, mas a recuperação não impediu que o desempenho semanal fosse negativo em 2,76%. Foi a pior queda semana do FII desde a semana iniciada em 24 de janeiro de 2022 (em 33 meses), quando o fundo tinha caído 9,54%.

Faltando apenas 5 sessões para o encerramento do mês, o fundo acumula uma desvalorização de 4,23% em outubro, embora o mês ainda não tenha fechado. Na quinta-feira, o MXRF11 fechou em sua menor cotação desde julho de 2022, a R$ 9,32.

Considerando a cotação de fechamento de 2023, que tinha sido de R$ 10,05, o MXRF11 tem uma queda acumulada de 5,37% neste ano até agora. Nos últimos 12 meses, a performance acumulada é negativa em 8,81%.

Após essas quedas recentes, o valor de mercado do MXRF11 alcançou a marca de R$ 4,16 bilhões, equivalente a R$ 9,51 por cota. Isso é cerca de 1% abaixo do valor patrimonial do fundo, que atualmente está na casa dos R$ 4,218 bilhões, ou R$ 9,65 por cota. Na quinta-feira (31), o fundo anuncia os dividendos para pagamento em novembro. Nos últimos meses, esse valor foi de R$ 0,09 por cota.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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