SNCI11: fundo imobiliário lucra R$ 6,9 milhões e dividendos são de 145% do CDI

Em fevereiro, o dividend yield mensal do fundo imobiliário SNCI11 foi de 1,19%, considerando o valor de mercado na virada do mês.

SNCI11: fundo imobiliário lucra R$ 6,9 milhões e dividendos são de 145% do CDI
Fundo SNCI11 lucra R$ 6,9 milhões. Foto: Pixabay

O fundo imobiliário SNCI11 registrou em fevereiro um resultado final de R$ 6,9 milhões, o que representa um crescimento de 38% em relação ao mês anterior, quando havia registrado R$ 5 milhões. O desempenho foi acompanhado pela manutenção dos dividendos em R$ 1,00 por cota, patamar que será repetido em março.

O fundo também mencionou o guidance de proventos para o segundo trimestre de 2025, com expectativa de distribuição entre R$ 1,00 e R$ 1,10 por cota. A projeção tem como base o desempenho atual da carteira, as amortizações previstas e a entrada de novos investimentos. Nos últimos 12 meses, o SNCI11 distribuiu o equivalente a 145% do CDI , considerando o gross-up.

Em fevereiro, o dividend yield mensal foi de 1,05% com base na cota patrimonial, e de 1,19% considerando o valor de mercado do mês. O desempenho positivo contribuiu para o aumento na relação P/VP, que passou de 0,85x em janeiro para 0,87x em fevereiro — o segundo menor patamar histórico do fundo, apesar da valorização da cota.

Desta forma, o SNCI11 terminou o mês de fevereiro com cota de mercado a R$ 83,71, ainda com desconto frente à cota patrimonial de R$ 95,67. A valorização acompanhou o bom desempenho do IFIX em fevereiro, com o fundo entregando retorno de 4,24%, acima dos 3,34% do índice.

Fundo imobiliário SNCI11: nova alocação em CRI e pipeline de R$ 33,6 milhões

Entre os movimentos da carteira do SNCI11, destaca-se a compra do CRI Vanguarda, no valor de R$ 2,66 milhões, com taxa de INCC + 11% ao ano. O papel representa 0,7% do patrimônio do fundo e está relacionado ao desenvolvimento de dois empreendimentos residenciais em Teresina (PI).

Além disso, o SNCI11 conta com um pipeline contratado de R$ 33,68 milhões em alocações previstas para ocorrer entre março e setembro deste ano. Desse total, cerca de R$ 29,68 milhões serão destinados às novas tranches de CRIs já presentes na carteira, como Supreme Garden, MZM, Bit Barueri, Arpoador e Gafisa, e os R$ 4 milhões restantes serão alocados em uma nova operação atualmente em fase de estruturação.

A taxa média ponderada das novas alocações será dividida entre IPCA + 12,37% ao ano (39%) e CDI + 6,17% ao ano (61%), com os recursos provenientes das amortizações dos CRIs já em carteira.

CRIs inadimplentes geram atenção, mas cenário é favorável

Do lado dos desafios, os CRIs Pesa/AIZ, que representam 1,86% do patrimônio do fundo, seguem inadimplentes. Uma nova assembleia foi convocada para o dia 9 de abril com o objetivo de aprovar a repactuação das operações, já que as últimas convocações não atingiram o quórum necessário. A gestão mantém boas expectativas para a aprovação das pautas, o que poderá destravar valor para o fundo.

Por fim, a gestão afirmou que o fundo imobiliário SNCI11 mantém reservas acumuladas de mais de R$ 0,64 por cota, o que oferece segurança adicional para sustentar os pagamentos futuros e suavizar eventuais impactos de inadimplência pontual no portfólio. A estratégia segue focada na preservação do fluxo de rendimento e na busca por operações de crédito com boa relação risco-retorno.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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