SNEL11 paga dividendos com yield de 1,15% e projeta novas aquisições
O fundo imobiliário SNEL11 vai pagar dividendos com yield de 1,15% ao mês em abril. Veja valor e quem pode receber os rendimentos.


Os investidores do fundo imobiliário SNEL11, voltado para o setor de energias renováveis, receberão uma nova distribuição de proventos nesta sexta-feira, 25 de abril. Os valores serão creditados diretamente nas contas das corretoras dos cotistas aptos ao recebimento.

Para ter direito ao pagamento de dividendos do SNEL11, era necessário manter cotas do fundo até o encerramento das negociações no pregão do dia 15 de abril.
A distribuição do SNEL11, embora anteceda a divulgação dos resultados de março, foi definida com base no desempenho obtido pelo fundo naquele mês.
Desde julho de 2024, o valor pago permanece inalterado em R$ 0,10 por cota, com estabilidade nos pagamentos mensais do SNEL11 desde então.
Considerando o valor de mercado da cota no fim de março, que era de R$ 8,68, o fundo apresentou um dividend yield de 1,152% neste mês.
A legislação que rege os fundos imobiliários assegura isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas sobre esse tipo de rendimento, e essa regra se aplica também aos rendimentos do SNEL11.
Além dos cotistas regulares, aqueles que participaram da última oferta de emissões do fundo também receberão proventos, de acordo com os papéis que possuem, conforme listados a seguir:
- SNEL13 – R$ 0,06201
- SNEL14 – R$ 0,06201
- SNEL16 – R$ 0,06201
- SNEL17 – R$ 0,06201
- SNEL18 – R$ 0,06201
- SNEL19 – R$ 0,06201
- SNEL20 – R$ 0,06201
- SNEL21 – R$ 0,06201
- SNEL22 – R$ 0,06201
- SNEL23 – R$ 0,06201
- SNEL24 – R$ 0,06201
- SNEL25 – R$ 0,06201
- SNEL26 – R$ 0,06201
- SNEL27 – R$ 0,06201
- SNEL30 – R$ 0,06201
- SNEL42 – R$ 0,06201
- SNEL41 – R$ 0,06201
- SNEL43 – R$ 0,02708
SNEL11 projeta novas aquisições até o fim do ano
O SNEL11 anunciou nesta semana a aquisição de cinco usinas fotovoltaicas, pelo valor de R$ 123,4 milhões. Os empreendimentos ficam em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, e seus ativos já estão locados e operacionais para grandes players do setor. A maior parte dos pagamentos foi feita à vista, e as demais parcelas serão pagas através da quitação de financiamentos-ponte existentes.
O fundo já possuía plantas nos estados do Ceará, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais. Segundo Vitor Duarte, diretor de investimentos da Suno Asset, os vendedores das usinas optaram por investir parte dos recursos cotas do SNEL11, porque acreditam no projeto criado pela gestora e na tese de consolidação do setor.
Além disso, ele afirma que muitos players estão vendo no SNEL11 uma oportunidade de liquidez e investimento. “O SNEL11 é um veículo com liquidez e preço, que tem tido um papel de consolidador da indústria. Reforçamos o time de M&A (fusões e aquisições) do fundo, trazendo pessoas experientes que têm ajudado a acelerar esse tipo de crescimento”, afirma Duarte.
Ao longo do ano, outras aquisições devem ser anunciadas, com valores de cerca de R$ 170 milhões. O caixa do fundo ainda conta com recursos para financiar parte das compras, e o restante pode ser financiado por meio de dívidas de longo prazo atreladas aos recebíveis do fundo.
Os novos ativos devem garantir maior previsibilidade de receita para o fundo e diversificação geográfica, considerando a expansão para as praças de SP e RJ. Isso deve reduzir a percepção de risco do investidor, além de permitir otimização de custos e oferecer maior poder de barganha em negociações futuras.
Guilherme Barbieri, head de infraestrutura, explica que o SNEL11 tem espaço para crescimento devido ao grande apetite de investidores institucionais, players do setor e do varejo como um todo. Segundo ele, o processo de aquisição teve por objetivo buscar projetos que gerem resultados desde a concepção, com taxa de retorno que permita aumentar a distribuição de rendimentos por cota.
“Analisamos muito os ativos do ponto de vista técnico, em busca de projetos bem construídos graças ao nosso time de engenharia proprietária, com bons contratos de locação, em praças nas quais vemos maior demanda e preços de locação mais altos, aliados a bons locatários”, explica Barbieri sobre as estratégias do SNEL11.