IFIX cai em meio a dúvidas sobre juros nos EUA; GARE11 lidera em cotas vendidas
IFIX voltou a fechar em queda no pregão desta quarta-feira, em mais um dia de oscilação puxada pela aversão ao risco.


O IFIX voltou a fechar em queda no pregão desta quarta-feira, de 0,18%,em 3.422,70 pontos, em mais um dia de oscilação puxada principalmente pela aversão ao risco. O mercado até se recuperou da tensão da véspera, com recuperação de alguns dos bancos que haviam despencado de valor na véspera, mas o risco de uma queda mais lenta de juros nos EUA voltou a mexer com o foco de investidores de grande porte.

O Ibovespa conseguiu se recuperar e fechar em leve alta, após novo despacho do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), em que negou uma tentativa de afrontar regras internacionais. O índice de FIIs, porém, entrou em patamar negativo à tarde e fechou na cotação mínima do dia.
O mercado foi impactado também por uma piora das bolsas norte-americanas no período vespertino, após a divulgação da ata da última reunião do Fed. O texto sinalizou que a maioria dos membros continua preocupada com as pressões inflacionárias, o que reduziu as expectativas de cortes agressivos nos juros nas três reuniões restantes do ano.
IFIX — resumo do dia 20/08/2025
- Fechamento: 3.422,70 pontos (-0,18%)
- Mínima: 3.422,70 (-0,18%)
- Máxima: 3.433,66 (+0,14%)
- Acumulado da semana: -0,25%
- Acumulado do mês: -0,40%
- Acumulado do ano: +9,83%
GARE11 lidera venda de cotas; IFIX emenda segunda queda em meio a incertezas
O fundo imobiliário GARE11 liderou o volume de cotas negociadas no mercado de FIIs, um dia depois de divulgar a conclusão de uma operação de venda de 19 imóveis de varejo, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Pão de Açúcar – GPA (PCAR3). A negociação avaliada em R$ 485,5 milhões empolgou o mercado, e o fundo teve mais de 1,3 milhão de cotas mudando de propriedade, com volume financeiro de R$ 12,339 milhões.
Em junho, esses indicadores tiveram média diária de 570 mil cotas e R$ 4,987 milhões. Mesmo com o alto volume, o preço terminou o dia estável, em R$ 9,09, cotação máxima de fechamento do ano.
A principal alta do dia ficou com o XPCI11, FII de recebíveis, que subiu 1,61%, negociado a R$ 81,45. O TGAR11 teve alta de 1,51%, a R$ 84,17. Na outra ponta, a GZIT11, fundo de shoppings que havia tido a maior alta da véspera, acima de 3%, desta vez teve a maior queda, de 2,96%, cotado a R$ 43,31.
O PORD11, que caiu 2,83%, fechando a R$ 7,87, registrou movimentação muito acima de sua média normal no mercado, com mais de R$ 645 mil cotas negociadas e volume financeiro superior a R$ 5 milhões. Como comparação, os números totais de julho foram de R$ 7,778 milhões de liquidez e 935 mil cotas negociadas.
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um fundo imobiliário leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 FIIs, vale até o fim deste mês.